A demanda por voice bots está aquecida no Brasil. A Intercompany, que atua há três anos com essa tecnologia, prevê este ano um aumento de 40% em seu número de projetos de voice bots. Isso inclui tanto a demanda por voice bots para atendimento telefônico quanto para WhatsApp (via mensagem de áudio) e assistentes de voz como Alexa e Google Assistente – estes dois últimos vêm crescendo fortemente desde o ano passado, relata Marcos Lohman, gerente de tecnologias emergentes da Intercompany, em conversa com Mobile Time.

Um dos principais cases da empresa é o voice bot do 0800 da Eurofarma, que consegue tirar dúvidas sobre remédios, pois compreende seus nomes e princípios ativos. O robô está no ar há dois anos e tem retenção de 80%. Suzano e Kibon também figuram em sua carteira de clientes.

A Intercompany trabalha por projeto. Desenvolve o voice bot para o cliente e treina seus funcionários para geri-lo depois da entrega. Uma plataforma de curadoria criada por ela permite que o cliente faça uma gestão unificada da evolução do bot, independente dos canais em que estiver conectado.

A empresa é agnóstica em termos de tecnologia, combinando diferentes fornecedores de acordo com as necessidades do cliente. Para o português do Brasil, Fabio Zorzim, arquiteto de sistemas da Intercompany, elogia a ferramenta de reconhecimento automático de fala (ASR, na sigla em inglês) do Google; o motor de processamento de linguagem natural e inteligência artificial da IBM; e o sintetizador de voz da Microsoft. “Somos agnósticos em tecnologia. Não estamos amarrados a nenhum fornecedor específico”, resume Zorzim.

 

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