O Mercado Pago (Android, iOS) acredita que é preciso ter processos mais amigáveis para aumentar a taxa de conversão de consentimentos (opt-in) do Open Finance para pessoa jurídica e está em conversas com o Banco Central para incentivar esse tema com o resto do setor financeiro e de pagamentos.
Durante o Mercado Livre Experience 24 nesta terça-feira, 24, Daniel Davanço, country head de pagamentos para pequenas e médias empresas no Mercado Pago, explicou que em alguns casos a taxa de conversão é oito vezes menor em alguns concorrentes, em comparação com o Mercado Pago. Em sua visão, o fato do opt-in ser mais palpável ao seller ajuda, mas nem todos os players do open finance tem o mesmo nível de dedicação para entregar essa experiência fluida ao usuário.
Por sua vez, Paula Arregui, vice-presidente sênior de adquirência na companhia, afirmou que o processo de opt-in mais simples para PJ permitirá que a indústria tenha aumento das taxas de adesão. Reforçou ainda que o open finance será grande fonte de informação para IA, para a companhia entender os consumidores e deixarem mais amigáveis as recomendações das finanças, por exemplo. Mas primeiro precisam “sanar as bases”.
Estratégia de open finance
Como resultado, o Mercado Pago é o segundo do Brasil em números de consentimentos únicos de pessoas jurídicas, sendo que 30 mil clientes passaram a ter acesso a crédito após compartilhamento de dados via open finance. E, em casos de novos vendedores que fazem o opt-in, 100% têm acesso a crédito. Com isso, o banco digital do Mercado Livre tem 2 mil variáveis analisadas a partir dos dados compartilhados.
Na prática, o empreendedor percebe que o open finance no Mercado Pago traz benefícios, uma vez que uma pesquisa com 3,7 mil PMEs de sua base neste mês revela: 53% dos clientes que compartilham dados via open finance reconhecem que isso se refletiu na oferta de crédito.
Tap on phone
Em resposta a Mobile Time nesta terça-feira, 24, Davanço falou que o Tap on Phone está crescendo em várias verticais. Sem compartilhar dados operacionais, o country head da empresa de pagamentos afirmou que observaram um “crescimento rápido” em dois tipos de uso no uso do celular como forma de receber pagamento:
1) O microempreendedor com transações ocasionais, uma persona que usa pouco (uma vez por semana, por exemplo) e não tem uma quantidade por pagamentos que justificasse ter uma maquininha de cartão;
2) O empreendedor que usa o tap on phone como extensão do seu negócio e do POS, como aqueles que fazem delivery com frequência.
Imagem principal: Paula Arregui, VP do Mercado Pago e Daniel Davanço, country head de pagamentos do Mercado Pago (crédito Henrique Medeiros)