Uma espécie de ‘Buscapé dos remédios’. Essa é a ideia do iBulas (Android e iOS), um aplicativo que pretende ajudar o consumidor a comparar quanto pode pagar na hora de comprar um medicamento. Desenvolvido pela iLevel, o aplicativo possui ao todo mais de 7 mil bulas cadastradas, 700 indústrias farmacêuticas registradas, 25 mil medicamentos com preços e 75 mil apresentações (pílulas, drágeas, quantidades, cremes, etc.).

Alexandre Máximo, CEO da iLevel, explica que foi feito um ‘datamining’ dos medicamentos brasileiros antes de lançar o app, ao agrupar as informações em único banco de dados para ser acessado pelos usuários. “Inserimos todos os remédios do Brasil”, afirma. “O nosso aplicativo é para facilitar o acesso da população ao preço máximo. Fazemos uma atualização mensal, com a entrada e saída de medicamentos regularizados no site da Anvisa – uma base de dados de acesso público”.

Levando em conta o preço máximo regulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o app permite buscas por nome do medicamento, princípio ativo (ex: o princípio ativo do Tylenol é o paracetamol), leitura do código de barras do medicamento e número de registro do medicamento, além de buscas de farmácias por geolocalização e espaço para denúncias de abusos de preços.

Com um custo anual estimado em R$ 15 mil, o iBulas possui 20 mil usuários mensais ativos em apenas três meses de uso – a maioria de São Paulo. São feitas em média 1.020 buscas por dia. “O remédio mais pesquisado é o paracetemol. Em seguida aparecem amoxilina e dipirona”.

M-commerce, m-marketing e 'farmácia legal'

O empreendedor mira possibilidades de crescimento com o aplicativo. Ele não descarta um m-commerce, mas empolga-se com a possibilidade de fazer ações de marketing das farmácias para dispositivos móveis.

“Com a quantidade de informações que temos no banco de dados, a farmácia pode fazer uma campanha direcionada para o Resfenol, por exemplo”, explica Máximo. “Eu consigo gerar um mapa de calor. Consigo trabalhar com o geo-marketing”.

Outra iniciativa que o gestor pretende adicionar ao iBulas é uma categoria online-to-offline, com o selo “Farmácia Legal” nos estabelecimentos e no aplicativo. O intuito é garantir ao consumidor a existência de preços compatíveis com o preço-base da Anvisa naquele negócio.

“O iBulas é um projeto de inovação da empresa. A gente sempre quis desenvolver um produto com utilidade publica e ter apelo social. Fornecer ao consumidor uma ideia de preço de remédio. Em cima disso foi pensado em um modelo de negócio que pudesse sustentar o projeto”, completa.

 

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