Como em qualquer outro segmento, a BBC também tem visto o crescimento do acesso a seus conteúdos em dispositivos móveis. Eles já respondem, segundo Dan Heaf, chief digital officer da BBC Worldwide, a 40% dos acessos ao site BBC.com. Mesmo assim, diz, a estratégia é trabalhar os conteúdos no site, e não em apps específicos para cada plataforma. "Fizemos um trial em 16 mercados e vimos que o browser ainda é mais eficiente para nós", conta.

Audiência

A audiência internacional (entenda-se fora do Reino Unido) do site BBC.com dobrou no último ano, tanto em número de usuários únicos quanto em engajamento (vídeos vistos e tempo de permanência), chegando a 65 milhões de usuários únicos ao mês. Mas a meta é mais ambiciosa, conta Dan Heaf, chief digital officer da BBC Worldwide. A companhia quer chegar aos 500 mil usuários únicos até 2022.

A estratégia passa inicialmente por desvincular o serviço da ideia de que é um site apenas de notícias. A BBC está cada vez mais colocando conteúdo "non-news", ou seja, programas sobre carros, turismo, atualidades e outros temas. Muitos dos conteúdos são produzidos ou editados originalmente para o site, e outros vêm do acervo da BBC, atual e antigo. "Meu sonho é ter um dia todo o acervo disponível online", conta Heaf.

Os programas são integrados ao noticiário sempre que possível, explica, de forma a alavancar a audiência. "Se você vê uma notícia sobre a China, colocamos em seguida, por exemplo, um trecho de um programa que temos sobre o país".

A maioria do público ainda vem dos EUA e da Europa ocidental, mas a companhia busca justamente os mercados emergentes, onde tem maior chance de crescer, diz. "Ásia, América Latina e Austrália são prioritários para nós". A estratégia passa também pela criação de conteúdos em outros idiomas que não o inglês ou o espanhol, mas isso ainda depende de escala, diz o executivo.

 

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