| Publicada no Teletime | O Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados que acompanha a implementação do 5G no Brasil aprovou na sua reunião na quarta-feira, 24, o Requerimento 2/2021 GT5G, que prevê a realização de uma audiência pública com os principais fornecedores de equipamentos para a tecnologia 5G. Ainda não há data prevista para a realização da audiência.

Estão convidados para participar do debate representantes das empresas Huawei (China); Ericsson (Suécia); Samsung (Coreia do Sul); Nokia (Finlândia) e Fujitsu (Japão). Segundo a autora do requerimento, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a proposta é que as empresas apresentem as funcionalidades e aspectos mercadológicos e de segurança cibernética dos seus equipamentos. Curiosamente, são as mesmas empresas visitadas na recente missão internacional do ministro das Comunicações Fábio Faria, com exceção da Samsung uma vez que o roteiro foi alterado.

“A implantação da tecnologia 5G no Brasil será o alicerce da entrada do País em uma nova era nas telecomunicações, vários especialistas estão chamando esta nova era digital, de uma verdadeira revolução 4.0 com impactos nos diversos setores da sociedade, na produção, na cultura, na vida das pessoas e no desenvolvimento nacional. Nosso GT quer contribuir para este debate”, disse a parlamentar.

Segurança

Na audiência pública que aconteceu no mesmo dia, Comandante de Comunicações e Guerra do Exército, Ivan Corrêa Filho, alegou que o Brasil não pode ficar refém de único fornecedor de equipamentos para o 5G por questões de estratégia e segurança e defendeu a construção da rede privativa de comunicação do governo. “Em um cenário mais grave, o que está em jogo é o controle da rede 5G brasileira. Se ela vier com equipamentos de apenas um único fornecedor, e este equipamento vier com uma ‘bomba lógica’ conectada, poderemos ter travada toda a nossa rede de comunicação, por algum interesse. É uma situação extrema, mas é um risco que está sendo avaliado. Então esse é o maior risco que existe no 5G. E se isso acontecer, nossa cadeia produtiva fica parada por meses, prejudicando o País”, esclareceu Corrêa Filho.

 

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