A Claro Telecom Participações, companhia que representa no Brasil as operações do grupo mexicano América Móvil e engloba as marcas Claro, Embratel e Net, registrou receita líquida praticamente estável no primeiro trimestre, segundo balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 24, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foram R$ 8,882 bilhões no consolidado, redução de 0,5% no comparativo com 2017.

Do total, a receita de serviços ficou estável, com R$ 8,595 bilhões. A receita móvel observou crescimento de 9,9%, total de R$ 2,816 bilhões em receita, especialmente devido ao aumento da base pós-paga. Sem abrir números, a empresa afirma que houve aumento de 44,4% na receita de dados no trimestre, o que contribuiu para o aumento da receita média por usuário (ARPU) em dois dígitos.

Por outro lado, o negócio fixo apresentou queda de 4,2% e totalizou R$ 5,779 bilhões. Novamente, a queda foi influenciada pelo desempenho de serviços tradicionais de voz longa distância e de TV paga via satélite (DTH). Não fossem esses efeitos negativos, a receita total da companhia teria crescido 2% no trimestre. A Claro Brasil destaca, porém, que a receita de banda larga residencial aumentou 10,1%, e que continua a investir na capilaridade da rede de fibra. E alega que deverá mudar a estratégia do DTH para capturar clientes com maior ARPU.

Também apresentaram queda as receitas de aparelhos (16,5%, total de R$ 113,6 milhões) e de interconexão (12,9%, total de R$ 173,3 milhões).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) aumentou 3,8% e fechou março com R$ 2,735 bilhões. A margem EBTIDA aumentou 1,3 ponto percentual, ficando em 30,8%.

A Claro Brasil diz que, se computados os efeitos decorrentes da nova norma contábil (IFRS 15) no resultado consolidado, a companhia não teria a receita “relevantemente impactada”, atingindo R$ 8,861 bilhões. Já o EBTIDA atingiria R$ 2,926 bilhões, com margem EBTIDA chegando a 33%.

Mudança no target do DTH

A TV por assinatura não teve dados da base revelados, mas a companhia explica que pretende melhorar a experiência do cliente ao adicionar novos recursos para assistir ao conteúdo de maneira mais conveniente. “Em DTH, estamos empenhados em mudar o target da companhia para segmentos mais lucrativos e estáveis – classes A, B e C1”, afirma a empresa no relatório.

Na banda larga fixa, a companhia adicionou 161 mil novos clientes no trimestre. No segmento de conexões acima de 34 Mbps, o grupo atingiu 2,5 milhões de acessos, e 51% de market share.

O grupo destaca quase um milhão de adições líquidas em pós-pago no primeiro trimestre, aumento de 14,9% em comparação com igual período de 2017. Desconsiderando acessos de terminais de banda larga (modem e tablets) e M2M, o crescimento é de 19,5%.

Já no pré-pago, houve queda de 1,1 milhão de linhas. A empresa afirma que isso se deve à “racionalização das linhas por cliente, acelerada por planos ilimitados de voz e reduções nas tarifas de interconexão, assim como a intensidade de migração para planos pós-pagos”. Ainda assim, destaca impacto de planos semanais de pré-pagos (o “Prezão”), que contribui para melhora da ARPU e frequência de recargas semanais.

 

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