O custo cumulativo de espectro comparado ao PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil é o mais alto do mundo, afirma Jacqueline Lopes, diretora de relações industriais e governamentais Latam South da Ericsson, que participou nesta terça-feira, 25, do evento online Teletime Tec, promovido por Teletime. Os números apresentados pela executiva apontam que, comparativamente, o espectro no Brasil é 22 vezes mais caro do que na Suécia; 29 vezes mais caro que no Japão; 6 vezes mais caro que na Colômbia e 3 vezes mais caro que no México. “Quanto mais alto o valor do espectro, menos investimentos são viáveis, afirmou.
No edital 5G, o custo do espectro deve representar cerca de 10% do leilão, o que significaria um bom sinal, segundo ela. “O leilão não arrecadatório é positivo e representa uma tendência no mundo inteiro. Com obrigações de ampliar a conectividade, você aumenta, por consequência, a receita”, analisou.
A Ericsson projeta que, em 2030, a receita gerada por serviços digitais no Brasil será de R$ 391 bi, sendo R$ 153 bi oriundas do 5G.