Os números são altos e a expectativa criada pelo Ministério das Comunicações é que o edital de 5G vai conectar praticamente todo o território nacional – o que demandaria infraestrutura apropriada. Numa previsão otimista, o secretário do MCom Artur Coimbra afirmou que “nas áreas urbanas, chegaremos perto de zerar as demandas por infra em 4G e backhaul”. “Entretanto, numa cidade, você tem diferentes aglomerados e precisamos saber se a rede de acesso está cobrindo tudo. Por enquanto, não temos muita informação sobre rede de acesso fixa, não temos o mapeamento com precisão”, lembrou nesta terça-feira, 25, no evento online TeletimeTec, promovido por Teletime.

Coimbra disse ainda que o principal desafio será levar a infraestrutura para áreas rurais e chamou a atenção para o estudo feito neste mês pelo Ministério da Agricultura em parceria com a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, que pontuou todas as áreas que ainda faltam rede no País. Segundo o trabalho, apenas 23% do espaço agrícola brasileiro possui algum nível de cobertura por Internet.

O estudo da USP aponta dois cenários possíveis: em um primeiro, seria aproveitada a capacidade de transmissão de 4,4 mil torres já existentes no Brasil. Isso permitiria ampliar a cobertura atual para 48% de iluminação de sinal no território agrícola nacional, proporcionando um aumento de 4,5% do Valor Bruto de Produção (VBP). Um segundo cenário compreende a instalação de 15.182 novas torres, que seriam suficientes para suprir uma cobertura final de 90% da demanda de conectividade no campo e trariam um acréscimo de 9,6% no VBP.

 

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