Nesse momento de pandemia, as empresas que oferecem crédito estão reajustando seus modelos de negócio para oferecer melhores condições a seus usuários. Durante a live “O celular como canal de acesso a crédito no Brasil”, promovida por Mobile Time nesta quinta-feira, 25, executivos de Banco do Brasil, Jeitto, Mercado Crédito, PayPal e RecargaPay explicaram o que estão fazendo para ajudar que seus clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, possam se reerguer durante a crise da pandemia. Enquanto umas reduzem taxas, tiram multas ou juros punitivos, outras deixam de negativar inadimplentes, como a Jeitto.
Durante a pandemia, Jeitto notou um aumento maior de sua base de clientes pedindo crédito, um crescimento de 50% ainda em junho na comparação com maio deste ano. E, para esse momento difícil, Pablo Brenner, diretor de crescimento e receita, realtou: “Foram mudadas políticas e ações voltadas a valorizar bastante os bons clientes que já estão conosco há mais tempo. Adotamos concessão de limites maiores, e alterações ousadas no processo de cobrança aos devedores”. Na prática, a Jeitto não está negativando as pessoas nesse momento. “Por enquanto suspendemos o processo de negativação e trabalhado nossa cobrança para entender o cliente e em quais condições ele poderá honrar o compromisso de modo que caiba no fluxo de caixa. Queremos dar mais fôlego para ele e evitar processos complicados como a negativação. A gente sabe que 50% dos nossos clientes são autônomos, não têm renda formal e são justamente essas as pessoas mais atingidas nesse momento. Às vezes, a pessoa precisa de uma semana de fôlego ou dois, três meses para se restabelecer e dar continuidade na sua vida financeira”, explicou o diretor.
O Banco do Brasil, por exemplo, constatou um aumento da demanda em pedidos de créditos, mas viu uma mudança no comportamento do cliente em adotar o canal digital com essa finalidade. Para isso, precisou readequar processos de negócios para o canal de modo que pudesse ser mais utilizado. O BB também fez uma série de adequações, como redução da taxa e aumento de prazo de pagamento. Com isso, em abril, o volume de negócios de crédito não consignado para pessoas físicas aumentou 90% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Nesses três meses, o volume total chega a ser exponencial. Não era esperado”, disse Alysson Rodrigues, analista de estratégia e experiência digital, Banco do Brasil.
Mercado Crédito
No caso do Mercado Crédito, a empresa tirou multas e juros punitivos por atrasos e postergou os pagamentos de clientes com mais problemas. “Readaptamos de acordo com o fluxo de caixa dos nossos clientes”, resumiu Pedro de Paula, diretor do segmento de empréstimos do Mercado Pago. O executivo também explicou que a empresa lançou produtos aderentes à nova realidade, entre eles o crédito para capital de giro com amortizações flexíveis e que são pagas com porcentagem nas vendas. “Para isso, você acompanha o ciclo de vendas do cliente”.
Mas o que impressionou nesse tempo de crise por conta do novo coronavírus para de Paula foi a reinvenção de muitos negócios acontecendo e seu rápido processo de transformação digital. “Vimos muitos negócios se reinventando. Negócios físicos que começaram a migrar para o mundo online. E, para suportar essas reinvenções, a gente ofereceu novas ofertas de crédito”.
Paypal
O PayPal, por sua vez, lançou seu serviço de crédito para pequenas e médias empresas no Brasil no meio da crise. O produto já foi desenhado levando em conta o atual cenário e prevê pagamento de parcelas diárias com base no fluxo de caixa do tomador. “A aderência foi surpreendente”, relatou Thiago Chueiri, diretor de desenvolvimento de negócios da companhia no País. O PayPal oferece crédito de R$ 5 mil a R$ 2 milhões, mas já no primeiro mês concedeu um empréstimo de R$ 15 milhões para uma empresa.
Live
A próxima live do Mobile Time será sobre a digitalização de documentos e de processos durante a pandemia. O debate acontecerá na próxima quinta-feira, 2, e contará com as participações de Abílio Branco, gerente de vendas para proteção de dados e criptografia no Brasil da Thales; Gustavo Brant, vice-presidente de vendas para a América Latina do DocuSign; Leonardo Gonçalves, diretor de relações institucionais da Certisign; Marcelo Buz, ex-presidente do ITI; e Marcio Nunes, CTIO da Valid e presidente do conselho da Conselho da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD).
Para compra de ingressos ou mais informações, acesse a página do evento no Sympla ou entre em contato com a equipe de eventos do Mobile Time: [email protected] / 11-96619-5888 / 11-3138-4619 (WhatsApp).