O Banco do Brasil vai utilizar a rede 5G da Claro para testar uma solução de visão computacional cuja proposta é verificar o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento de um metro e meio entre pessoas em ambientes fechados, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. No teste, que deve acontecer durante algumas semanas de julho, câmeras serão instaladas em um escritório administrativo do banco em Brasília e transmitirão as imagens por 5G para serem analisadas em tempo real por um software com inteligência artificial desenvolvido pela equipe de TI da instituição. 

“Usamos modelos com deep learning para reconhecimento das imagens e adequação em termos de identificação de padrões. Isso se traduz em um painel de acompanhamento que gera alertas quando acontece o desrespeito ao distanciamento ou ao uso de máscaras”, explica Alexandre Duarte, gerente executivo na diretoria de tecnologia do Banco do Brasil, em conversa com Mobile Time. 

O software criado pelo banco analisa as imagens e consegue distinguir pessoas com máscara e sem máscara com precisão de 93%, índice que pode ser melhorado conforme o modelo vai sendo treinado. Os alertas aparecem em um painel online, acessado por gestores. A solução foi batizada como BB View.

Vale destacar que uma primeira experiência com a solução de visão computacional do Banco do Brasil foi feita em uma agência do Rio de Janeiro alguns meses atrás, mas com processamento local das imagens. Chegou-se à conclusão que ficaria muito caro instalar equipamentos em cada agência para esse processamento, daí a ideia agora de realizar um teste com transmissão por 5G para um servidor central.

Expansão futura

O Banco do Brasil pretende adotar a tecnologia de visão computacional em suas agências para várias outras finalidades no futuro. Ela pode servir, por exemplo, para construir mapas de calor e analisar se a organização do espaço pode ser melhorada. Também pode servir para alertas de segurança quando houver cenas suspeitas, como a presença de duas pessoas coladas por muito tempo em um mesmo caixa eletrônico. “Há uma série de outras possibilidades de uso dessa tecnologia”, comenta Rodrigo Mulinari, gerente-geral de TI do Banco do Brasil e diretor setorial de TI da Febraban, também em conversa com Mobile Time.

 

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