No dia do anúncio da parceria entre IBM e Apple, as ações da Blackberry chegaram a sofrer uma queda de cerca de 14%, já que o acordo poderia ser mais um duro golpe na fabricante canadense no mercado no qual ainda tem expressividade, o corporativo. No entanto, em entrevista ao Financial Times (FT) na quinta-feira, 24, o CEO da BlackBerry, John Chen, procurou minimizar os efeitos. "É uma competição, mas é uma boa competição e agora vamos ficar mais espertos", disse ele ao jornal britânico. Para Chen, a investida dos concorrentes se trata de uma validação do potencial do mercado corporativo. "Você não vai querer ser um cara forte em um mercado que não está crescendo."
Mas há um óbvio fundo de preocupação para Chen na parceria, que prevê a criação de mais de cem novos aplicativos que serão lançados junto com o iOS 8 até o final do ano e destinados a várias verticais como varejo, saúde, bancos, transporte e telecomunicações. Tanto que o CEO da BlackBerry afirmou ao FT que estaria em "estágio preliminar" de conversas com empresas rivais da IBM para executar o mesmo tipo de acordo. O executivo não revelou, no entanto, possíveis nomes.