A NTT lançou recentemente no Brasil sua plataforma para redes privativas 5G. A solução fim a fim já estava disponível no exterior, e pode ser desenhada para ser entregue na nuvem, on-premise ou na borda de rede, e é pré-integrada com parceiros de rede e software. Em conversa com Mobile Time, Jefferson Anselmo, vice-presidente da América Latina da NTT, explica que a ferramenta pode passar por uma rede pública ou ser exclusivamente privada. E que sua companhia fornece todos os componentes necessários, do rádio ao servidor, passando por toda a infraestrutura. Até o SIMCard ou o eSIM são fornecidos, se necessário, por meio de parcerias.
Chamada de plataforma NTT Private 5G, a solução está sendo rodada em dois PoCs (prova de conceito em português) no País. Sem mais detalhes, Anselmo diz que são de diferentes verticais e que, para oferecer a rede privativa, a empresa fornecerá lotes de 100 MHz na frequência entre 3,7 e 3,8 GHz.
“Como somos integradores e provedores de serviços, temos parcerias para a parte de infraestrutura e entregamos a rede privativa completa. Fazemos a implantação, e lembro que os equipamentos, atualmente, não são grandes. É possível instalar em qualquer ambiente fabril, inclusive”, explica o VP da América Latina da NTT.
Poderão ser instalados rádios indoors ou outdoors, equipados com slicing e aplicação no dispositivo final, seja ele para voz, vídeos, veículos autônomos ou outras funcionalidades. Servidores fazem a autenticação para que o dispositivo entre na rede, garantindo a segurança. Há ainda o conceito de virtualização e microsserviços para também reforçar a segurança. De acordo com o executivo, a plataforma é capaz de oferecer rede privativa 5G para qualquer vertical ou serviço, como manufatura, varejo, saúde e automotivo.
Há ainda a possibilidade de modificar a rede conforme o seu comportamento e criar novos slices e reconfigurá-los. “É uma tecnologia bem diferente das anteriores. No 5G os microsserviços são nativos e o time to market é muito mais rápido”, explica o executivo. Acima da conectividade de rede, também provemos as aplicações de uso específico de cada indústria. Oferecemos uma série de condições para que as aplicações tenham tratamento correto”, diz.
Entre os exemplos citados, Anselmo destaca as aplicações em tempo real. Para elas, a NTT pode montar um pequeno data center ao lado do hardware de orquestração, por exemplo, na fábrica, de modo a garantir uma resposta imediata e reforçar a segurança.
E, caso o cliente queira mandar dados para a nuvem, a NTT também pode fornecê-la: “O cliente pode ter um data center para aquilo que não deseja mandar para a cloud e enviar somente o que faz sentido. É de acordo com o negócio.” Ou seja, a plataforma cuida de todo o percurso do dado até o seu tratamento, transformando-o em informação para o cliente.
Como modelo de negócios, a NTT se adapta de acordo com a demanda do mercado. As empresas clientes podem comprar a rede e operá-la ou a NTT pode fazer a modelagem e vender como serviço.