A Receita Federal vai lançar dois aplicativos móveis de serviços à sociedade neste ano. O primeiro será para a área aduaneira, capaz de acompanhar cargas e ajudar na área de comércio exterior. “Ele vai simular uma importação. Por exemplo, se eu quiser importar vinhos do Chile, coloco o código do vinho e o valor que eu quero importar, e o app vai calcular quanto vai custar essa importação, já convertido para a taxa de câmbio da moeda que eu quiser”, disse José Carlos Fonseca, gerente de projetos de mobilidade da Receita Federal, durante o Fórum Mobile + nesta quarta-feira, 25. “O aplicativo também vai mostrar os tratamentos administrativos necessários para a importação, se ela precisa, por exemplo, de um registro na Anvisa”, complementou Fonseca.

O segundo aplicativo a ser lançado ainda está em estudo e não foi divulgado a área em que ele atuará. A previsão é de que as duas novidades sejam lançadas entre novembro e dezembro deste ano.

IRPF

A Receita Federal possui outros dois aplicativos móveis, ambos disponíveis para Android e iOS. O m-IRPF é o aplicativo da receita destinado às pessoas físicas e permite a consulta de CPF e restituição do imposto de renda, calcula o imposto mensal e anual, mostra orientações gerais, e, neste ano, também passou a permitir o envio da declaração do imposto de renda.

O m-IRPF registrou 2,5 milhões de consultas neste ano e possui quase 400 mil usuários ativos. O perfil de declarantes mobile foi predominantemente feminino, com média de 36 anos de idade. A maioria declarou pela plataforma iOS. “O curioso é que tivemos pessoas idosas, de 82 anos, que fizeram a declaração por tablets”, contou Fonseca.

O outro aplicativo lançado pela Receita Federal foi o Viajantes no Exterior, que oferece serviços e informações às pessoas que viajam para fora do Brasil. A declaração de bens de viajantes pode ser feita pelo celular e o código só precisa ser transmitido na chegada ao aeroporto no Brasil, sem a necessidade de papéis impressos. Há também vídeos que explicam as regras de bagagem e os procedimentos da alfândega, dicas gerais de viagens e os limites de isenção e, por fim, uma avaliação que permite aos usuários enviarem sugestões e críticas sobre a ferramenta.

Desafios

No painel sobre m-gov do Fórum Mobile+, foram discutidos os desafios enfrentados pela Receita Federal na adoção da plataforma móvel para os serviços aos cidadãos. “Não adianta só transportar o serviço da web para o mobile. Tivemos que repensar se a forma que estamos servindo é a melhor. Segmentamos os aplicativos por público-alvo e nos colocamos sob a ótica do consumidor”, disse Fonseca.

O órgão optou por trabalhar com apps nativos sempre que o serviço demandar recursos do telefone. Entre os sistemas operacionais, escolheu trabalhar com os dois mais populares entre smartphones: Android e iOS. “Por exemplo: se faço uma consulta de um CNPJ e quero ver aquela empresa no mapa, consigo abrir o endereço no aplicativo de mapas do celular. Se for agendar um pagamento, consigo sincronizar com a minha agenda do celular”, explicou Fonseca. Em outros casos, a melhor solução são sites móveis.  “Se é um aplicativo em que há mudanças a cada mês, é melhor ser um webapp, completou.

 

 

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