O  iFood (AndroidiOS) registra em média 100 milhões de pedidos mensalmente, informou o presidente da empresa, Diego Barreto. Durante o evento iFood Move, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 25, o executivo disse também que a plataforma é responsável por cerca de 0,55% do PIB nacional, segundo pesquisa realizada  em 2023, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Para se ter ideia, o percentual equivale ao PIB da cidade de Recife. Para chegar ao valor, o levantamento fez o cálculo do total movimentado pela marca a partir do conceito de Valor Bruto de Produção (VBP), o qual compreende o total de transferências realizadas pela empresa mais as variações de estoque. De acordo com a pesquisa, a atividade econômica movimentada pelo ecossistema do iFood foi de R$ 110,7 bilhões em 2023, distribuídos por toda a cadeia produtiva.

O estudo também indicou que, no mesmo ano, o iFood gerou mais de 900 mil postos de trabalho, que dentro da pesquisa corresponde a uma jornada diária de oito horas, durante 200 dias por ano. Hoje, o aplicativo tem em torno de 350 mil estabelecimentos parceiros, entre restaurantes, mercados e farmácias, e cerca de 300 mil entregadores que atuam em aproximadamente 1,7 mil cidades. 

Dados do iFood de 2017 a 2020 apontaram que aqueles que integraram à plataforma geraram cerca de 7% mais postos de trabalho do que os que optaram por ficar de fora. O impacto maior foi registrado nos de pequeno porte – que empregam até cinco funcionários –, com aumento comparativo de 10,2%.

Além dos pedidos: novidades e inovações com IA

Para dar continuidade aos bons resultados, o iFood está testando novas formas de promover engajamento e interação entre seus usuários. Entre elas está um canal de gastronomia que, através de vídeos, indica locais para comer ou pedir na região onde o cliente final está. Também terão jogos com temática de comida, chats para pessoas que se encontram em um mesmo raio ou que possuem os mesmos gostos, além da criação de comunidades. Segundo Diego Barreto, presidente da marca, o projeto que conta com 10 mil clientes finais caminha bem e pode ficar disponível para todos os usuários em até seis meses. 

Outra solução em teste é a resposta para receitas. Com ela, a pessoa poderá falar o nome do prato por voz e o aplicativo será capaz de indicar quais ingredientes são necessários, com os comparativos de preço na plataforma e a montagem automática do carrinho de compras. Inclusive, o comando por voz também é testado em restaurantes na hora de fazer o pedido. Ambas as inovações são baseadas em inteligência artificial, algo que o iFood vem introduzindo cada vez mais em seus serviços. 

De acordo com Marcos Gurgel, diretor de inovação da empresa, atualmente há mais de 30 projetos com IA em teste no aplicativo. Ele adiantou que, nos próximos meses, a plataforma deve oferecer jornadas cada vez mais personalizadas aos seus usuários.

“Há cerca de dois anos atrás, pessoas que estivessem em um mesmo raio de distância e fazendo um pedido de forma simultânea veriam o mesmo grid de produtos. Só que agora, o iFood  levará em conta o seu histórico de consumo e outros dados que ele tem acesso”, explicou Gurgel.

Ilustração: Nik Neves para Mobile Time

 

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