|Publicado originalmente no Teletime| A TIM mostrou aumento nas receitas e voltou a mais do que dobrar o lucro líquido, mas há ressalvas nesses resultados. De acordo com a operadora na divulgação nesta segunda-feira, 25, do balanço financeiro referente ao terceiro trimestre, a base comparativa anual é com um período de maior impacto das medidas restritivas por conta da pandemia de Covid-19.

No terceiro trimestre, a receita líquida da empresa foi de R$ 4,512 bilhões, um aumento de 2,8% no comparativo anual. Já no acumulado dos nove meses do ano, o crescimento foi de 5,3%, total de R$ 13,259 bilhões.

Naturalmente, o serviço móvel representa quase toda a receita da empresa. No trimestre, foram R$ 4,096 bilhões, um aumento de 4,1%. O acumulado do ano teve um aumento de 5,1%, total de R$ 12,026 bilhões. Segundo a TIM, o crescimento foi impactado também pela base comparativa menor, já que houve impacto do início da pandemia no segundo trimestre de 2020.

A operadora agora discrimina a receita de “plataforma de clientes”, que inclui “novas iniciativas, como serviços financeiros e publicidade móvel”, com “realocação de impostos” das receitas geradas pelo cliente. Como não há registro desse dado em 2020, não há comparativo anual, mas a receita foi de R$ 38 milhões no trimestre, e de R$ 28 milhões no trimestre imediatamente anterior.

A receita média por usuário (ARPU) foi de R$ 26,5 em setembro, um aumento de 4,4% quando comparado a 2020. Considerando a segmentação, o ARPU pós-pago (sem o M2M) teve alta de 0,8% e encerrou o período em R$ 46,5. O pré-pago teve queda anual de 1%, ficando em R$ 13.

Segmento fixo

As receitas do serviço fixo totalizaram R$ 287 milhões, um aumento de 5,5%. No acumulado dos três trimestres, foi de R$ 851 milhões, avanço de 9,5%. Considerando apenas a TIM Live, a companhia apurou R$ 179 milhões no trimestre (crescimento de 9,5%) e R$ 532 milhões no acumulado (16,7% de avanço). A unidade de banda larga fixa para usuários finais agora representa 4,1% das receitas de serviço (contra 3,9% em 2020).

Conforme argumenta a TIM, a “desaceleração” do desempenho da unidade é combinação de reajuste de preço ao longo do ano, maior foco na preparação da criação da FiberCo e consequente separação de ativos; e aumento localizado de competição em algumas áreas de atuação. A operadora espera que os impactos dos dois primeiros casos desapareçam em breve e o crescimento da TIM Live volte a ser de dois dígitos.

Finanças

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) reportado foi de R$ 2,159 bilhões, aumento de 4,2%. Entre janeiro e dezembro, foi de R$ 6,267 bilhões, aumento de 4,6%. A TIM afirma que são 21 trimestres com crescimento no EBITDA. A margem EBITDA cresceu 0,6 ponto percentual, ficando em 47,9% no trimestre. No acumulado do ano, a margem caiu 0,3 p.p. e ficou em 47,3%.

O lucro líquido da TIM mais do que dobrou (154% de aumento), atingindo R$ 993 milhões no terceiro trimestre. No acumulado do ano, o avanço também foi de mais de duas vezes (133,9%), totalizando R$ 1,942 bilhão. Considerando impacto de crédito fiscal e outros efeitos, o lucro líquido normalizado foi de R$ 474 milhões no trimestre, aumento de 21,4%; e de R$ 1,432 bilhão nos nove meses, aumento de 71,9%.

O fluxo de caixa operacional da TIM foi de R$ 1,783 bilhão no trimestre (aumento de 32,3%) e de R4 3,627 bilhões no acumulado (aumento de 42,8%). O resultado seria impacto positivo do capital de giro e o adiamento no ano passado (de março para agosto) do vencimento da Condecine e parte do Fistel.

Por sua vez, o Capex aumentou 5,5% e ficou em R$ 897 milhões no trimestre. No acumulado do ano, houve um avanço de 28,8%, totalizando R$ 3,126 bilhões. Novamente, a empresa diz que a base comparativa com o período do início da pandemia no ano passado justifica o crescimento.

A dívida líquida da TIM encerrou setembro em R$ 4,338 bilhões. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 0,5x.

Operacional

A TIM apresentou aumento na base móvel, com o pós-pago mais do que compensando a queda do pré-pago. No caso da TIM Live, houve recuo na quantidade de contratos de fibra até o gabinete (FTTc), mas o FTTH também mais do que superou essa queda. Confira na tabela abaixo.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!