O consumidor brasileiro já definiu os itens que deseja adquirir na Black Friday deste ano, revelou Fabio Garcia, head de varejo de negócios para o Google. A um mês do evento comercial, o executivo compartilhou a segunda rodada de dados da pesquisa com a Offerwise nesta quarta-feira, 25, além de dados internos da companhia.

Feito com 2 mil consumidores das classes A, B e C, o estudo da empresa de pesquisas antecipa que, em todas as 30 categorias avaliadas, o nível de definição aumentou em relação à pesquisa do mês de julho. Ou seja, a jornada de compra “começou” um mês antes da Black Friday, em uma busca “mais apurada e refinada” em comparação aos anos anteriores e mesmo com a análise do trimestre anterior, segundo Garcia.

O usuário escolheu o produto. Mas ainda não definiu a marca e o local de compra. Agora, o trabalho das marcas é entrar na jornada do consumidor nessa definição. Nesse final de corrida para Black Friday, as empresas ainda têm oportunidade para trabalhar esses dois aspectos da definição: marca e local”, afirmou o head de varejo. “Na pesquisa de julho, os usuários responderam que comprariam em seis categorias, agora são quatro. É um momento de refinamento. Um afunilamento da jornada de compra”, completou.

Embora estejam afunilando suas expectativas, Garcia explicou que 13 das 30 categorias investigadas tiveram aumento na intenção de compras, se comparar a pesquisa deste mês de outubro com aquela do ano anterior. Os principais destaques por categoria são eletrodomésticos, com 30%, e áudio e vídeo, com 11%, respectivamente, alta de cinco pontos e de quatro pontos percentuais na comparação com outubro de 2022.

Também vale citar que roupas e acessórios (35%), eletrodomésticos (30%), calçados (30%) e celulares (25%) são as categorias com mais intenções de compras entre os consumidores neste outubro de 2023.

Otimismo e digitalização

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Comportamento do brasileiro no motor de busca a um mês da Black Friday (reprodução: Google)

Entre os fatores que corroboram para essa expectativa alta, está fato de que o brasileiro está mais otimista com o cenário financeiro para ir às compras no próximo mês: “68% dos entrevistados acreditam que a própria condição vai melhorar, 23 p.p de aumento ante o mesmo período em 2022. 24% acham que vai ficar igual, 19 p.p de aumento, mas apenas 4% acham que vai piorar”, explicou.

“A demanda existe e o otimismo existe”, afirmou Garcia, em relação à previsão de ‘tempestade perfeita’ para o varejo a partir de novembro.

Também colabora o fato da mudança de comportamento do brasileiro com a web nos últimos anos, acessando com mais frequência o ambiente digital. De fato, os dados internos do Google indicam que as buscas sobre a Black Friday mais que dobraram (114%) no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período em 2022.

Além disso, 24 categorias de varejo cresceram nas últimas semanas no Google Search. Destacam-se: ar e ventilação, com 65% de aumento; suplementos, 24%; automotivo, 21%; casa e construção, 20%. Os usuários também fazem questões habituais ao motor de busca, como ‘qual será a data da Black Friday em 2023’, que está entre os termos mais buscados.

Imagem principal: Fabio Garcia, head de negócios de varejo do Google (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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