| Publicada no Teletime | Na visão da operadora regional Brisanet, uma estratégia faseada e focada inicialmente em grandes cidades para limpeza do 3,5 GHz pode ser prejudicial para municípios do interior, que só teriam acesso ao serviço de quinta geração a partir de 2026. Por isso, a empresa avalia que as vencedoras de lotes regionais devem ter direito de definir a ordem das cidades onde a faixa será liberada.
CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira abordou o assunto nesta quarta-feira, 25, durante evento online. Na ocasião, o executivo criticou a ideia de começar a disponibilizar o 3,5 GHz primeiro nas grandes cidades (independente do caminho a ser seguido para liberação da faixa, de migração para banda Ku ou mitigação).
“Teremos uma assimetria das capitais poderem usar o 5G e no interior, onde ele teria mais impacto, ele estar bloqueado. Assim, o operador regional que ganhar vai fazer [a habilitação apenas] em 2026, 2027, 2028 ou 2029 – ou lá para o final da década”, lamentou Nogueira.
Barreira
De fato, a proposta da área técnica da Anatel (que recomenda a migração para banda Ku dos serviços hoje presentes no 3,5 GHz) prevê ativação das redes 5G na faixa ainda em 2021 nas capitais; em 2022, para cidades com mais de 500 mil habitantes; em 2023, para cidades com mais de 200 mil habitantes; em 2024, para cidades com mais de 100 mil habitantes; e a partir de 2026 nas demais cidades.
“Essa é uma grande barreira na qual queremos ajuda do Ministério das Comunicações”, afirmou o CEO da Brisanet, manifestando desejo de habilitar as redes 5G já no ano seguinte do leilão caso a empresa vença lotes de espectro no ano que vem.
Para tal, a proposta de Nogueira é que os operadores de médio porte que vencerem os lotes regionais possam definir uma lista de cidades prioritárias onde pretendem habilitar o serviço, dando prioridade para limpeza do 3,5 GHz nessas praças. “Os donos da frequência devem indicar a ordem das cidades”, defendeu.