A produção brasileira de cartões de crédito e de débito com tecnologia dual interface, que permite pagamento com ou sem contato usando o mesmo chip, aumentou dez vezes em dois anos, passando de 5 milhões em 2019 para 50 milhões neste ano de 2021. E para 2022 a projeção é triplicar, alcançando perto de 150 milhões. A estimativa é de Benoît Guez, vice-presidente para as Américas da SPS, empresa que fornece uma tecnologia de comunicação entre o chip e a antena NFC dentro dos cartões.
O executivo aponta dois fatores para explicar o crescimento na produção de cartões dual interface no Brasil: 1) a exigência de Visa e Mastercard de adoção dessa tecnologia para aumentar a segurança; 2) a pandemia de Covid-19, que popularizou os pagamentos sem contato.
“O dual interface reduz as fraudes, pois utiliza o padrão EMV. Assim, conseguimos subir o nível de segurança. Não conheço nenhuma fraude com pagamento sem contato em cartão dual interface”, afirma Guez, em conversa com Mobile Time.
Em 2022, a expectativa é de que 80% dos cartões produzidos no Brasil sejam dual interface. “Não tem mais nenhuma licitação sem dual interface. A exceção agora é o cartão sem NFC. Antes era o contrário”, comenta.
Além dos cartões de pagamento, o executivo da SPS projeta uma demanda maior pela tecnologia dual interface nos próximos anos na produção de documentos de identificação, como passaportes.
No Brasil, a SPS é representada pela Bsmart Consulting & Outsourcing Services.