O WhatsApp (Android, iOS) anunciou nesta quinta-feira, 26, que está começando a introduzir o recurso de Comunidades no Brasil. Com ele, é possível enviar mensagens para até 5 mil pessoas de uma vez, além de criar grupos, reunindo, em um só canal, espaços de comunicação sob um mesmo eixo temático. No momento, a ferramenta não está disponível para todos os usuários e será liberada de forma gradual.
O recurso permite reunir até 50 grupos do WhatsApp em um só local, as chamadas “Comunidades”. Esse canal pode ter até 5 mil pessoas. A ideia é que os grupos tenham uma relação entre si dentro de uma comunidade, reunindo, por exemplo, pais de alunos de uma escola ou moradores de um mesmo prédio. Cada grupo tem um fim específico, como organizar caronas para os filhos ou a reunião do condomínio, respectivamente.
Em um grupo de avisos, no qual apenas administradores podem publicar, mensagens são enviadas a todas as 5 mil pessoas ao mesmo tempo. Nas comunidades, mensagens já encaminhadas podem ser repassadas apenas a um grupo por vez. Os administradores podem adicionar e remover membros e grupos, criar novos grupos, além de apagar mensagens ou mídias com conteúdo considerado abusivo. Eles também conseguem inserir grupos do qual não pertencem.
Os membros, por sua vez, podem denunciar abusos, bloquear contatos, sair da comunidade e decidir quem pode adicioná-lo a uma. Eles só conseguem entrar em grupos caso sejam convidados. Diferentemente das redes sociais e outros serviços de mensagens, não é possível procurar ou descobrir novas comunidades. De acordo com a companhia, o recurso foi desenvolvido para atender necessidades de organizações e outros grupos em que as pessoas já se conhecem. O recurso não será integrado ao WhatsApp Business API.
Anunciado em abril de 2022, a funcionalidade foi lançada globalmente em novembro do mesmo ano, mas autoridades brasileiras temiam que as Comunidades pudessem interferir na realização do pleito, devido à possibilidade de reunir milhares de pessoas em um só canal. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Meta adiasse a introdução da ferramenta no País, devido às eleições de 2022.