Os testes de 5G que começam a ser realizados em várias partes do mundo começam a mostrar um padrão muito diferente dos testes que eram vistos na implantação de redes 3G e 4G, quando estas tecnologias estavam no mesmo ciclo de desenvolvimento. Se há alguns anos os testes de novas tecnologias de rede eram focados na demostração da capacidade da rede, sua confiabilidade e capacidade de transmissão de dados em diferentes cenários, os testes de 5G parecem incluir um conjunto muito mais amplo de variáveis e, sobretudo, parceiros. São testes que envolvem aplicações específicas, como aplicações de saúde, carros conectados, automação industrial entre outros. A operadora japonesa DoCoMo falou, durante a abertura do Mobile World Congress, no conceito de co-criation. Segundo Kazuhiro Yoshizawa, CEO da DoCoMo, a empresa busca um ambiente em que as pessoas possam ter uma nova experiência nova a partir do primeiro dia em que as redes 5G estiverem disponíveis. “Criamos para isso um programa com parceiros que reúne 610 entidades, 15 delas ativamente envolvidas e usando os nossos sites de teste”. São aplicações com automação, controle de robôs, aplicações de saúde entre outras.

Vittorio Colao, CEO da Vodafone, também enfatizou uma longa cadeia de parceiros nos testes que a empresa pretende realizar em Milão, que vão de empresas dedicadas a equipamentos industriais a montadoras de automóvel, cada uma delas desenvolvendo uma aplicação específica para ser testada.

A mensagem é simples: 5G não é apenas uma evolução nos padrões de rede, mas uma mudança completa no conceito de conectividade que tem impacto em diversos setores que utilizarão acesso móvel em alta velocidade, com cada tipo de aplicação demandando determinadas características da rede.

 

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