A Nokia apresentou sua nova logomarca, com o objetivo de traduzir melhor o seu momento atual, cujo foco está no mercado B2B, e se afastar do passado em que era uma empresa voltada ao consumidor final. A apresentação foi feita pelo presidente e CEO da Nokia, Pekka Lundmark, neste domingo, 26, em Barcelona, na véspera do Mobile World Congress.
“Muita gente ainda vê a Nokia como uma marca para o consumidor. Temos que mudar isso e focar na Nokia atual, que é uma marca de tecnologia para o mercado B2B. As operadoras já nos conhecem bem. Mas há milhões de indústrias no mundo que ainda não nos conhecem. A nova logomarca é parte dessa estratégia”, explicou o executivo em evento para a imprensa e analistas internacionais.
O incremento da receita com o mercado corporativo é um dos pilares da Nokia para o crescimento nos próximos anos. Em 2022, esse segmento cresceu 21%, passando a responder por 8% do seu faturamento. “Queremos que chegue a dois dígitos o mais rápido possível”, disse o CEO.
Demanda corporativa
A Nokia enxerga bastante potencial em servir ao mercado corporativo com redes privativas e soluções de rede para metaversos industriais e digital twins. Seu CTIO, Nishant Batra, acredita, inclusive, que o tráfego gerado pelo mercado B2B com esses tipos de soluções será maior que aquele oriundo de smartphones dos consumidores finais em 2027.
Batra também citou como exemplo de uma nova necessidade do mercado B2B o aprimoramento da precisão da localização de objetos dentro de uma planta fabril. Se hoje a localização de um smartphone tem precisão de poucos metros, um componente em uma fábrica replicada em um gêmeo digital demandará uma precisão tridimensional na casa de 1 centímetro. Para tanto, as empresas vão investir em sensores em redes ainda mais sofisticadas.
Redes abertas
Outra aposta da fabricante está na abertura das redes de telecomunicações, tornando-as acessíveis para desenvolvedores inovarem. Essa deverá ser uma característica própria do 6G, assim como a capacidade das novas redes de “sentirem, pensarem e agirem”, com inteligência artificial, disse o CEO da Nokia.