Quatro tópicos foram destaque nas palestras de abertura do Mobile World Congress (MWC) 2024, em Barcelona, nesta segunda-feira, 26: Open Gateway (sobre o qual escrevemos aqui), aumento de tráfego, monetização do 5G e adoção da IA generativa.

As teles preveem um significativo aumento no tráfego de dados em suas redes nos próximos anos, o que demandará um pesado investimento de sua parte. O problema é que a receita não deve crescer de maneira proporcional, o que pressiona o seu modelo de negócios e as obriga a buscar novas fontes de remuneração para o 5G – dois exemplos são redes celulares privativas e APIs de rede no projeto Open Gateway.

“5G é o padrão de telefonia móvel de adoção mais rápida no mundo. Mas a nossa receita está caindo ano a ano, enquanto o Capex segue crescendo. Precisamos encornar caminhos para superar isso”, comentou o diretor geral da GSMA, Mats Granryd.

A associação, que representa as operadoras móveis, projeta Capex de US$ 1,5 trilhão em redes móveis no mundo entre 2023 e 2030, sendo 90% para 5G. Nesse mesmo período, o tráfego de dados móveis vai aumentar quatro vezes.

O pleito pelo chamado “fair share” apareceu de forma sutil, sem citar nomes, por parte do chairman e CEO da Telefónica, José María Álvarez-Pallete: “Seis players consomem 50% do tráfego. É preciso haver um uso responsável da rede”.

O executivo da Telefónica aproveitou para alfinetar também o alto consumo de energia necessário para as aplicações de IA generativa. Segundo ele, uma solicitação de IA generativa gasta o equivalente a duas horas de uma lâmpada acesa. E lembrou que a indústria de telecomunicações tem feito a sua parte nesse ponto: embora o volume de dados móveis tenha aumentado nove vezes nos últimos oito anos, o consumo de energia das redes caiu 9% no mesmo período.

 

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