A Vivo espera que sejam lançadas ainda neste semestre mais quatro operadoras móveis virtuais (MVNOs, na sigla em inglês) utilizando sua rede. Três delas seguirão o modelo de MVNO autorizada e uma, de MVNO credenciada, informa o diretor comercial de atacado da Vivo, Anderson Azevedo, em entrevista para Mobile Time. O executivo participará na terça-feira que vem, dia 2, do painel “A maturação das MVNOs no Brasil”, durante a segunda edição do Fórum de Operadoras Alternativas, no WTC, em São Paulo.

“A Telefônica é uma operadora internacional com atuação na América Latina, na Alemanha, no Reino Unido e na Espanha. Em todos os mercados temos o DNA de compartilhamento de infraestrutura de rede. Aqui no Brasil, desde 2010, quando foi publicado o regulamento de compartilhamento de redes móveis, nos adequamos a esse modelo e criamos duas ofertas: para os modos credenciado e autorizado”, explica o diretor da Vivo.

O executivo não pode revelar, por enquanto, os nomes das quatro novas MVNOs que serão lançadas. Elas se juntarão às duas que operam atualmente na rede da Vivo, ambas no modelo credenciado: Brisanet e Movtel. A primeira é uma operadora quadplay que atua no interior do Nordeste. E a segunda se especializou em ofertas para a comunidade cristã.

Ao todo, a Vivo já assinou até hoje oito contratos de MVNOs. Em dois deles os parceiros desistiram do lançamento no Brasil, pelo menos por enquanto: a Virgin Mobile e a Sisteer (uma MVNE que atenderia a uma operadora virtual da rede Carrefour).

Fatores de sucesso

A Vivo já se reuniu com inúmeras empresas interessadas em lançar uma MVNO no Brasil, relata Azevedo. A companhia costuma assessorar as candidatas, destacando alguns fatores que considera essenciais para o sucesso do projeto. Azevedo lista os seguintes: conhecer profundamente os atributos da própria marca; ter um core business no qual a mobilidade agregaria valor, como uma oferta adicional; uma base de clientes para a qual oferecer o serviço móvel; uma rede de distribuição.

Além disso, o diretor da Vivo recomenda que a MVNO precisa trazer alguma inovação ou valor agregado sobre o serviço móvel, evitando competir simplesmente por preço. “Se jogar só com preço e sem nenhum outro benefício para o consumidor final, você não tem valor agregado e esvazia a prestação do serviço. Uma MVNO não pode ser só preço”, alerta.

Ele enxerga espaço para empresas que atuem como MVNEs (enablers de MVNOs) ou como MVNAs (agregadoras de MVNOs). “A MVNA preenche um espaço interessante porque às vezes há muitos players pequenos com pouco volume e que teriam um custo alto para entrarem no mercado sozinhos. A agregação facilita a entrada desses pequenos players”, avalia.

Fórum de Operadoras Alternativas

No mesmo painel do Fórum de Operadoras Alternativas, Azevedo contará com a companhia de Alberto Blanco, CEO da Veek; Davi Fraga, CMO da Surf Telecom; e José Luiz Pelosini, vice-presidente da Americanet.

O Fórum de Operadoras Alternativas contará ainda com painéis sobreinfraestrutura de IoT e redes privadas de 4G. Há palestrantes confirmados de empresas e instituições como Embratel, Governo Federal (MCTIC), Governo de Pernambuco, American Tower, WND, Vecto Mobile, Nokia, Hughes, dentre outras.

A agenda completa e mais informações sobre venda de ingressos estão disponíveis em www.operadorasalternativas.com.br, pelo email [email protected] e pelo telefone 11-3138-4619.

 

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