82,8% dos brasileiros consomem jogos digitais, revelou a 12ª edição da PGB (Pesquisa Game Brasil), em um aumento de 8,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O levantamento foi conduzido pelo SX Group e Go Gamers, em parceria com Blend New Research e ESPM, e foi realizado entre janeiro e fevereiro de 2025.
Ao todo, o estudo entrevistou 6.282 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal, e trouxe algumas novidades em relação aos levantamentos anteriores. Uma das novas abordagens foi a segmentação geracional, com recortes para as gerações Alpha (entre 10 e 15 anos), Z (pessoas entre 15 e 29 anos), Millennials (entre 30 e 44 anos), X (entre 40 e 59 anos) e Boomers (acima de 60 anos).
Uma das principais perguntas levantadas na pesquisa é quem se considera gamer ou não. São considerados gamers aqueles que “dedicam uma parte significativa do seu tempo ao ato de jogar, seja em consoles, PCs ou dispositivos móveis”. O termo também pode se referir a subculturas que surgem ao redor dos jogos, como a criação de conteúdo (como streamers ou youtubers de jogos), análise de jogos e participação em comunidades online.
Dentro da geração Alpha, 42,7% jogam online todos os dias, com 38,3% preferindo jogar no console de videogame. Já na geração Z, somente 38,7% se consideram gamers, com 23,9% jogando entre 8 e 20 horas por semana. A preferência em sua maioria é por jogar no celular, representando 35%.
Apesar da forte presença dos games no cotidiano dos millennials, a parcela que se considera gamer é equilibrada. 46,8% deles se consideram gamers, enquanto pouco mais da metade (53,2%) não se considera adepto da jogatina diária. Entre os que jogam, 29,4% utilizam o smartphone para jogos entre três e seis dias por semana, e 50,3% não seguem uma rotina fixa, jogando em horários aleatórios ou quando têm tempo disponível. A maioria (48,7%) opta por jogos gratuitos, embora ocasionalmente paguem por títulos específicos.
Já dentro da geração X, a maioria não se considera gamer, com somente 28,1% dos entrevistados afirmando se encaixar nessa definição. Dentro dessa geração, cerca de 26,8% jogam pelo smartphone todos os dias. Além disso, 46,1% preferem jogar no celular, enquanto 18,2% preferem o PC e 21,2% os consoles.
Nos chamados baby boomers, o número de gamers é ainda menor, representando somente 14,5%. Dos que jogam, 52,3% preferem jogar somente pelo celular. Cerca de 29,5% dos entrevistados jogam todos os dias no smartphone.
No geral, o estudo mostra também que 88,8% dos entrevistados veem os jogos digitais como uma das suas principais formas de entretenimento, enquanto 80,1% os consideram a principal maneira de se divertir.
O perfil dos jogadores
A maioria do público de games são millennials, com um crescimento do número de mulheres que jogam aumentando 2,3% em relação a 2024, totalizando 53,2%. As mulheres também continuam sendo a maior parte dos consumidores de jogos para smartphones, com 48,4%, enquanto os homens representam 32,2%.
O smartphone continua sendo também a plataforma preferida pelos consumidores em geral, com 40,8%, embora tenha apresentado uma queda de 8 p.p. em comparação à edição de 2024.
Já a preferência pelos consoles aumentou em 3 p.p., atingindo 24,7%, enquanto o computador registrou um crescimento de 5,5 pontos, chegando a 20,3%. Os homens predominam entre aqueles que se identificam como gamers e demonstram uma preferência por jogar no computador (36,1%).
A classe média é predominante entre os jogadores, com 44,4% deles concentrados nas classes B2, C1 e C2. A maioria dos consumidores de jogos digitais se identifica como branca, com 53,9%, enquanto as pessoas negras e pardas correspondem a 43,9%.
O consumo de jogos de azar
O estudo também revelou o comportamento das pessoas com relação a jogos de apostas. 38,2% dos entrevistados afirmam participar de jogos recreativos de sorte, com 39% jogando pelo menos uma vez por semana, sendo que 14,2% jogam quatro vezes ou mais semanalmente.
A maioria (89,9%) gasta dinheiro nesses jogos, com 34,6% desembolsando entre R$ 51 e R$ 200 por mês, e 8,6% gastando acima de R$ 500 mensais.
A principal motivação de 43,9% dos jogadores entrevistados é ganhar mais dinheiro, enquanto 24,7% encaram as apostas como um investimento para aumentar a renda. Já para aproximadamente 30,4% dos jogadores, o objetivo é buscar a emoção da vitória, enquanto 29% utilizam o jogo como uma forma de relaxamento.