O primeiro e mais óbvio serviço a ser proporcionado pelas redes de quinta geração (5G) será uma melhora da banda larga móvel, com velocidades acima de 1 Gbps, preveem especialistas. Por ser apenas um aperfeiçoamento do que já existe, acaba não empolgando tanto. Contudo, Roberto Medeiros, diretor sênior de gerenciamento de produtos da Qualcomm, pondera que há sempre a chance de aparecer alguém com uma ideia inovadora que dependa de uma rede com tal velocidade e que desperte então subitamente um grande interesse dos consumidores por smartphones e acessos em 5G, uma espécie de killer application para 5G, como está sendo o vídeo para o 4G ou como foi o Pokemon Go para a realidade aumentada. “Torço para que surja algo assim”, diz.

Independentemente disso, Medeiros acredita também no surgimento de novos modelos de negócios decorrentes do 5G para as teles. “Haverá outros tipos de uso do espectro e das redes no 5G, como redes compartilhadas, redes privadas, frequências não licenciadas… Tudo isso pode gerar uma faísca em uma direção que não vimos ainda”, comenta.

Por outro lado, o executivo reconhece que há diversos obstáculos no Brasil e no mundo a serem enfrentados pelas operadoras e fabricantes na implementação do 5G. Dentre eles: a falta de harmonização do espectro e, consequentemente, a dificuldade de ganho de escala na produção de equipamentos e de viabilidade de roaming global em 5G; as leis municipais que restringem a instalação de novas antenas; e a falta de infraestrutura para backhaul no interior do País.

 

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