A Opera, desenvolvedora do navegador móvel Opera Mini, está negociando com as operadoras brasileiras o lançamento de um serviço de Internet móvel patrocinada. Uma primeira experiência está em curso há poucas semanas com uma operadora na Ásia e deve chegar ao Brasil dentro de alguns meses.

"Do ponto de vista técnico está tudo pronto. Falta amarrar as pontas de negócios", explica Sabrina Zeremba, gerente regional da Opera Software na América Latina. "Existe o interesse por parte das teles para educar o mercado: há muitos usuários que não utilizam a Internet e que podem ser atraídos por esse modelo. Internet patrocinada é a próxima grande onda no mercado mobile", aposta a executiva.

Na solução da Opera, a navegação gratuita acontece através do browser da empresa instalado no aparelho do usuário. Há flexibilidade para se experimentar diferentes formatos, como acesso gratuito por um determinado tempo, ou limitado a certa quantidade de dados trafegados, ou restrito a alguns sites pré-definidos. Da mesma forma, a exposição da marca do anunciante pode acontecer de variadas formas, desde uma simples assinatura do tipo "internet móvel oferecida por XYZ" até pop-ups na tela com uma determinada frequência.

Acordos

A Opera tem acordos com mais de 150 teles ao redor do mundo para a distribuição do seu navegador Opera Mini. Algumas delas pré-instalam o software em seus celulares, como fazem TIM e Oi no Brasil. Outras recomendam o download para seus usuários. Para as teles, é vantajoso estimular o uso do Opera Mini porque esse navegador consegue comprimir em até 90% os dados trafegados em sites da Internet, desafogando as redes. Para os usuários, a vantagem se encontra em reduzir o consumo dos seus planos de dados. Nos acordos firmados, as teles costumam ganhar o direito de gerenciar alguns espaços publicitários dentro do navegador. O software reconhece a operadora do usuário pelo seu IP. Ou seja: se há uma troca de chip, os anúncios na homepage do navegador mudam, conforme a tele do usuário.

 

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