Thiago Hipólito, diretor de segurança da 99
A 99 (Android, iOS) apresentou uma série de novas funcionalidades em seu app para aumentar a segurança de passageiros e motoristas. Os principais destaques são a digitalização de RG do passageiro e a colaboração dos motoristas no mapeamento de áreas de risco.
Em relação à digitalização do documento, Thiago Hipólito, diretor de segurança da 99, explicou que a tecnologia é uma camada extra de validação, assim como o uso da selfie do passageiro e confirmação do dispositivo móvel do usuário. “Estamos olhando várias camadas de ponto de validação. Temos selfie por passageiros hoje, mas não fazemos validação por base de dados. Aqui, o RG foi a solução adotada, pois conseguimos ter uma base de dados para comparar”, disse o executivo. A validação do documento é feita com inteligência artificial e intervenção humana.
Durante coletiva com a imprensa, a gerente de comunicação da companhia, Pâmela Vaiano, explicou que a diferença do RG para a selfie é que o primeiro pode ser sempre verificado confrontado com uma base de dados, enquanto para a selfie não existe uma base biométrica de toda a população. A 99 tem uma base de 20 milhões de usuários ativos mensais distribuídos por 1,6 mil cidades brasileiras.
Outra inovação para o usuário no aplicativo da 99 é a validação de usuário por meio de quiz baseada no CPF do consumidor: “É algo feito automaticamente pela Serasa Experian. O usuário responde questões como ‘nome da mãe’ para confirmar sua identidade. A 99 não tem acesso aos dados. É algo novo no setor (de mobilidade urbana) e semelhante ao que acontece nos bancos”.
Condutores
Para os motoristas associados, uma das novidades é mostrar os dados do usuário antes de aceitar a viagem. O motorista poderá ver as validações feitas pelo passageiro (checagem de RG, selfie, smartphone) em um assistente de segurança, que também mostra a nota do usuário.
Outra novidadespara motoristas relacionada a segurança é que, a partir de agora, via pop-up, ele responde se a área onde está tem risco ou não. No primeiro mês de teste, esse serviço teve 382 colaborações. E o mapa terá uma atualização dinâmica com riscos baseados em diversos fatores, como uma área que é bem movimentada durante o dia mais deserta à noite. “Sempre fizemos muitas pesquisas para entender a real necessidade do usuário. Agora nós aprofundamos essas análises”, explicou Hipólito.
O executivo ressaltou que a demonstração de áreas de risco não significa um bloqueio de corridas na região. Por sua vez, Vaiano lembrou que o cancelamento de corridas pelos condutores nessas regiões mais perigosas é igual às outras áreas da cidade, entre 10% e 15%. Dito isso, a executiva não acredita que haverá aumento nos cancelamentos.
O diretor de segurança explicou que o objetivo com as novas funções é dar mais segurança aos passageiros, mas principalmente aos motoristas. Lembrou que a companhia teve 75% de redução nas ocorrências graves nos últimos dois anos e investimento de R$ 70 milhões entre 2020 e começo de 2021.
Segundo dados da 99 dos últimos seis meses:
– 87% dos casos graves são sofridos pelos motoristas;
– 63% das ocorrências de segurança da 99 são contra motoristas, ante 37% contra passageiros;
– 99,99% das viagens ocorrem com segurança.
Importante dizer, os casos mais graves considerados pela 99 são assaltos, furtos, agressões verbais, agressões físicas e desrespeito ao exercício da atividade da vítima.
