Qual será o modelo de negócios das operadoras para o 5G? Vão apenas prover a conectividade ou vão buscar parcerias para entregar soluções de modo a aumentar seu valor agregado? Esses foram alguns pontos debatidos na live Os impactos do 5G na transformação digital, promovida por Mobile Time nesta quarta-feira, 26. Para os executivos de Embratel, Vivo Empresas e TIM, a o termo é “ecossistema” e o movimento é encontrar as parcerias mais adequadas para oferecer soluções pertinentes para as diferentes verticais – como indústria, campo, smart cities e utilities.

Para a Embratel, por exemplo, a proposta da empresa é viabilizar a implementação e integração do amplo ecossistema. No entanto, para Alexandre Gomes, diretor de marketing da Embratel, diferentemente das outras gerações de tecnologia, esse movimento terá como grande demandante, o mercado corporativo, que buscará desenvolvimento de novos negócios, mas também vai procurar ampliar suas capacidades e otimizar suas operações. “Dentro desse posicionamento, continuaremos com a nossa trajetória, procurando ampliar a nossa participação na cadeia de valor dos nossos clientes. Mas não bastará orquestrar o nosso ecossistema. Teremos também que atuar de forma colaborativa junto ao cliente e seus parceiros. Essa postura demandará ampliar nossas capacidades, nossos conhecimentos, parcerias e alianças”, explica.

Debora Bortolasi, diretora de operações comerciais e produtos da Vivo Empresas, entende que o segmento B2B vai acelerar a chegada da nova geração de tecnologia móvel.

“Os desenhos de aplicação de curto prazo, com discussão de redes privativas dedicada aos modelos de negócios dos clientes, associado ao serviço de telecomunicações, começar a trazer novos meios de processamento, como edge computing, soluções de redes virtualizadas, seguramente a gente não faz isso sozinho. A gente tem parceiros, um ecossistema de startups plugado e de plataforma. Ou seja, a gente também desenha um cenário para que o cliente consiga ter a tecnologia aplicada, mas ferramentas de gestão e times especializados também – aliás, um pilar que também estamos investindo para transformar esses profissionais de maneira a estarem capacitados e certificados nas novas tecnologias e nos ajudar no processo de aceleração de posicionamento junto ao mercado empresarial.

Para a TIM, a palavra ecossistema é a chave para o desenvolvimento de modelo de negócios no 5G. De acordo com Paulo Humberto Gouvea, diretor corporate da TIM, a ideia é ser parte do ecossistema como um todo.

“Seremos enabler, mas nos inserimos dentro das operações, das verticais de nossos clientes. Faremos parte da operação. Estamos entrando dentro da produção da indústria de cada um desses segmentos. Olhando para o futuro, estamos como outsourcing dos serviços de telecomunicações. Vamos operar junto com o cliente como parte do processo da indústria. Muda completamente aquilo que a gente faz hoje”, explicou Gouvea.

Para Michele Liguoro, diretor de vendas da Engineering, a oferta conectividade e os serviços juntos à conectividade é um “end to end de verdade”. “O cliente final não precisa se preocupar de chamar a operadora, de chamar a integradora, a provedora de serviços. Ela terá um serviço com tudo junto. É uma grande inovação e transformação que o 5G está trazendo”, afirmou.

Próxima live

A próxima live do Mobile Time discutirá o open banking e os desafios para uma implementação segura e eficiente. O debate discutirá como instituições financeiras estão se estruturando para atender as obrigações do open banking e desfrutar das suas oportunidades de negócios sem perder de vista a proteção de dados e a integridade das transações. Participarão Diego Oliveira, engenheiro de arquitetura e sistemas da Fortinet, João Paulo Aragão, estrategista-executivo de tecnologia para a indústria de serviços financeiros da Microsoft, e Karen Machado, gerente-executiva de open banking do Banco do Brasil.

 

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