A Exa está desenvolvendo com sua própria equipe de TI uma solução de diagnóstico de telefone celular para oferecer seguro de aparelhos de quaisquer marcas, mesmo se forem usados. A ideia é usar a tecnologia para baratear o preço do seguro e torná-lo interessante economicamente para seguradoras e atraente para o consumidor final, diz o CEO da companhia, Carlos Landim, em conversa com Mobile Time.
“Apenas 10% dos aparelhos celulares são segurados no Brasil. O preço do seguro representa em média 25% do valor do aparelho. É proibitivo. Com tecnologia a gente consegue reduzir esse preço, melhorar a sinistralidade e evitar as fraudes que acontecem nesse segmento”, explica o executivo.
O sistema de diagnóstico em desenvolvimento pela Exa vai analisar 20 diferentes itens do terminal, como câmera, qualidade da tela (inclusive verificando se está riscada), qualidade do áudio, qualidade da bateria, dentre outros. “Com um diagnóstico completo do aparelho conseguiremos precificar melhor. Hoje em dia muitas seguradoras não trabalham com seguro de celular usado porque não conseguem fazer esse diagnóstico”, comenta Landim.
A expectativa é de que o lançamento aconteça no terceiro trimestre deste ano.
Proteção Pix
O seguro de telefone celular será o segundo produto da Exa na área de segurança. O primeiro é o Proteção Pix, um seguro multibanco e multioperadora, que é focado no device do usuário. Ou seja, com uma única apólice a pessoa se protege caso seja coagida a fazer um Pix em qualquer app bancário instalado no seu smartphone. O produto passou por vários testes nos últimos meses, com aprimoramento da jornada, e agora aguarda seu lançamento oficial com campanha de divulgação por parte dos canais parceiros, como a TIM.
Consolidação
A Exa conta com TIM e Oi entre suas acionistas minoritárias, e está aberta para a entrada de outras operadoras, afirma Landim. Paralelamente, a empresa atua como agente consolidador no mercado nacional, tendo adquirido a Verisoft no ano passado.
“O setor estava muito pulverizado. Era importante uma consolidação. A gente se posicionou como consolidadora. Olhamos oportunidades, mas precisam ter valor estratégico”, diz Landim, ressaltando que não há nenhuma negociação em curso neste momento.