[Matéria atualizada às 11h26 do dia 27/06/2024 com posicionamento do Itaú em uma reinterpretação do tema de penas para clientes e não instituições financeiras] O diretor de segurança corporativa e prevenção a fraudes do Itaú, Adriano Volpini, acredita que a Resolução 6/2023 do Banco Central precisa de “penalidades administrativas” (leia-se multas) àqueles que se envolverem de alguma forma em fraudes, como receber dinheiro de fraude em uma conta laranja e não ter nenhuma forma de bloqueio.

“A Resolução 6/2023 precisa ser aplicada para todos, produzindo efeitos também para quem empresta sua conta para recebimento de recursos ilícitos. Entendo que não seja possível punir criminalmente todos os golpistas, por isso é importante haver alternativas, como penalidades administrativas. Por exemplo, proibir que esses “laranjas” abram conta em banco por um determinado período”, diz o diretor em atualização na manhã desta quinta-feira, 27.

Durante o Febraban Tech 2024 na última quarta-feira, 26, Volpini afirmou que a normativa do regulador que trouxe requisitos para compartilhamento de dados e informações sobre indícios de fraudes é benéfica para o setor, mas precisa alijar do sistema financeiro nacional quem recebe dinheiro de fraude – algo que existia na época dos cheques.

Volpini também defende que a resolução 6 seja obrigatória a todos os players do ecossistema financeiro que queiram vender produtos e serviços, inclusive abertura de contas: “A Febraban tem 155 associados, o Pix tem 1 mil participantes (cadastrados no BC). Mesmo se fizermos tudo certo, como compartilhamento de dados e boas práticas, há 845 outros fazendo transações e levando dinheiro do ponto A ao ponto B”, afirmou. “O golpe financeiro só existe porque o dinheiro sai da conta A para a B. Se tiver penalidade, isso melhora o ecossistema como um todo”, completou o executivo do Itaú.

Imagem principal: Adriano Volpini, diretor de segurança corporativo e prevenção a fraudes do Itaú (divulgação: Febraban/Facebook)

 

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