A Telefônica registrou um lucro líquido de R$ 699,5 milhões no segundo trimestre deste ano no Brasil, resultado que representa uma queda de 23% em relação ao mesmo período de 2015. O lucro líquido foi impactado pelo aumento de R$ 184 milhões nas despesas financeiras nesse período e pelas provisões para a reestruturação organizacional da companhia. Embora sua base de clientes tenha diminuído em 12 meses tanto em serviços móveis quanto em fixos, a receita conseguiu se manter relativamente estável, apesar da crise econômica do País. O grande destaque foi o crescimento de 40% na receita com dados móveis, na comparação anual entre trimestres.

A receita operacional líquida da companhia foi de R$ 10,51 bilhões, 0,8% maior que no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida com serviços, especificamente, cresceu 1,6%, alcançando R$ 10,2 bilhões, divididos da seguinte forma: R$ 5,98 bilhões oriundos do negócio móvel e R$ 4,22 bilhões, do fixo, o que representa crescimentos de 2,6% e 0,1%, respectivamente. A receita líquida com aparelhos caiu 19,2%, fechando o trimestre em R$ 309,7 milhões.

O Ebitda da companhia cresceu 3,7% em um ano, alcançando R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre. No mesmo intervalo, a margem Ebtida subiu 0,9 ponto percentual, atingindo 30,5%.

Entre abril e junho, a Telefônica investiu R$ 1,77 bilhão, o que representa uma redução de 14,2% em seu Capex na comparação com o mesmo período do ano passado.

A empresa encerrou o mês de junho com uma dívida bruta 25,2% menor que um ano antes, totalizando R$ 8,63 bilhões. A redução se deveu à liquidação de empréstimos e de financiamentos no período. Atualmente, 15,5% da dívida está em moeda estrangeira, toda protegida por hedge. A dívida líquida em 30 de junho era de R$ 2,9 bilhões.

Operação móvel

A base de usuários móveis da Telefônica Vivo caiu 11,3% entre junho de 2015 e junho de 2016, quando chegou a 73,3 milhões. A diminuição foi puxada pelo segmento pré-pago, cuja base foi reduzida em 21,5% nesse intervalo, passando de 53 milhões para 41,7 milhões. O segmento pós-pago, ao contrário, registrou crescimento de 6,9%, subindo de 29,6 milhões para 31,6 milhões.

A receita média mensal por usuário móvel (ARPU, na sigla em inglês) cresceu 15,9% em um ano, passando de R$ 23,5 para R$ 27,2. No mesmo intervalo, a ARPU de voz caiu 4,7% e a de dados cresceu 40%, alcançando R$ 12,1 e R$ 15,2, respectivamente.

Os usuários móveis da Telefônica estão falando mais por mês em média. Seu MOU (média de minutos por usuário por mês) subiu 22,3% em um ano, passando de 131,1 para 160,3.

Operação fixa

A base de telefonia fixa da Telefônica caiu 3,3% em um ano, baixando para 14,74 milhões, dos quais 9,67 milhões são acessos residenciais e o restante são corporativos e orelhões. A ARPU de voz fixa ficou estagnada em R$ 43,2.

A base de banda larga fixa, por sua vez, cresceu 2,4%, alcançando 7,25 milhões, dos quais 4 milhões são FTTx, número que inclui 676 mil casas servidas com FTTH (fibra óptica até a residência do assinante), base que aumentou 38,8% em um ano. A ARPU de banda larga fixa no segundo trimestre foi de R$ 44,6, o que representa um crescimento de 7,4% em 12 meses.

Por fim, a base de TV por assinatura da Telefônica diminuiu 1,3%, encerrando junho com 1,76 milhão de clientes. A ARPU desse serviço, porém, foi a que mais cresceu na operação fixa, com aumento de 12,3% em um ano, alcançando R$ 90,6.

 

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