O celular se tornou mainstream. 82% dos brasileiros têm um celular no bolso, e alguns mais de um. 25% já acessam a Internet no celular. A cada dia ele se torna mais indispensável. Nunca houve na curta história do marketing um meio que, ao mesmo tempo:
(1) seja tão relevante em nossas vidas
(2) atinja um número impressionante pessoas
(3) capture informações individuais e de contexto
(4) possibilite diversas métricas
(5) ofereça inúmeros recursos de interação com o consumidor
O potencial é gigantesco, mas o mobile marketing ainda engatinha.
O advento da Internet mudou o primeiro fundamento do marketing: métricas valem mais que feeling. O social marketing ensinou a ouvir e tratar bem os consumidores. E o mobile complicou de vez a vida dos profissionais de marketing. Há muita coisa para se fazer em mobile. Mensagens instantâneas, mobile sites responsivos, apps interativos. As ferramentas estão aí. As possibilidades são muitas, mas as ações, poucas.
A mídia mobile até que vai bem. O eMarketer estima que mobile já responda por um quarto do gasto em digital. Parece muito, mas é mais do mesmo: Facebook e Google dominam 68% dessa verba. Nos próximos anos o mobile vai dominar a mídia digital. A previsão do Gartner é de que cresça mais de 30% ao ano até 2017.
O celular tem tudo para estar no centro da relação das marcas com os consumidores. Só que ainda falta muito para isso acontecer de fato. Boa parte dos usuários já usam o celular como principal fonte de informação, entretenimento e comunicação. Mas poucas marcas adotam uma estratégia mobile first.
Mobile às vezes é visto como um mal necessário. Parte dessa culpa está na fragmentação das plataformas: iOS nos usuários high-end, 500 versões de Android para todos os bolsos, Windows Phone correndo por fora. Na web é mais fácil. Um mesmo site serve – com pequenos ajustes – em qualquer navegador de qualquer plataforma.
Além disso, o social marketing ainda recheia a agenda de capacitação e estruturação das equipes de marketing. Falta tempo (e verba) para tudo. Afinal, não podemos deixar de responder clientes no Facebook, e monitorar os comentários sobre a marca no Twitter.
De qualquer forma o destino é inevitável. O panorama da evolução tecnológica posiciona o celular como o hub da vida digital. No mundo da Internet das Coisas, todo o resto será second screen: TV, relógio, óculos, carro, parede. Não tem escapatória. Mobile vai entrar na pauta, se já não entrou.
Mobile é isso. E mais um pouco. Já é um bom começo.