| Publicada no Teletime | A Iniciativa 5G Brasil, consórcio formado por provedores regionais interessados em participar do leilão de frequências, promoveu uma visita à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília na última semana. A reunião com o conselheiro da secção econômica do órgão, Jail Nair, tratou justamente da possibilidade de envolvimento dos EUA por meio de parcerias relacionados às tecnologias de cibersegurança e OpenRAN.

Especialmente, há um interesse em tratar com a agência norte-americana de desenvolvimento, a United States Trade and Development Agency (USTDA) para que projetos de infraestrutura possam contar com apoio de crédito, segundo afirmou o diretor executivo da Iniciativa 5G Brasil, Rudinei Gerhart, em comunicado.

“Como evolução desse primeiro contato, já iniciamos uma comissão que está tratando com a USTDA em São Paulo para desenvolvimento de projetos que possam ser subvencionados pelos Estados Unidos, com o objetivo de melhoria na infraestrutura de telecomunicações no País”, declarou. Isso indica que seria crédito a fundo perdido para pesquisas nessa área.

A visita do consórcio de ISPs aconteceu após uma conferência em Washington, onde os dirigentes da iniciativa puderam apresentar o projeto ao Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSC, na sigla em inglês). Atualmente, mais de 320 provedores de Internet compõem o grupo.

“Sabemos da importância que o 5G tem para o Brasil, e da importância que o Brasil tem para o mundo, solidificar parcerias são importantes processos de transferências tecnológicas e fundamentais para o ganho de eficiência na implantação do 5G no país”, finaliza Gerhart no comunicado.

Vale lembrar que o governo norte-americano fechou acordo com o governo Jair Bolsonaro no final do ano passado para a possibilidade de oferecer crédito para empresas brasileiras implantarem o 5G. A condição era justamente que não se utilizasse equipamentos de fornecedores chineses, sobretudo a Huawei. Desde 2018, os EUA acusam a companhia de espionagem na infraestrutura de telecomunicações e de vínculo com o Partido Comunista Chinês (PCC), ainda que sem apresentar provas concretas. A empresa nega as acusações.

 

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