A TIM almeja ter entre oito e dez parcerias seguindo a estratégia de “plataforma de clientes” em um horizonte de três a quatro anos, disse o CEO da operadora, Pietro Labriola, durante teleconferência com analistas sobre o balanço do terceiro trimestre, nesta terça-feira, 26. Mais uma ou duas parcerias talvez sejam firmadas ainda em 2021, provavelmente nas verticais de saúde e de conteúdo local (notícias, livros, música e vídeos). A ideia é que essas parcerias gerem valor para a operadora de R$ 3 bilhões a R$ 5 bi.

“Discussões com players locais de conteúdo para uma parceira estão se antecipando a outras que demoram mais a se materializar. E estamos na fase final de escolha de um parceiro de e-health, com sete propostas sobre a mesa. Já as parcerias em carteira digital e marketplace estão demorando mais do que o esperado e por isso estamos refinando nossa abordagem e considerando novas dinâmicas. E trabalhamos também na negociação de grandes contratos de IoT”, informou Labriola.

A TIM chama de “plataforma de clientes” a construção de acordos em que a operadora oferece sua base de assinantes como um ativo, em troca de participação acionária no parceiro e/ou remuneração pela geração de novos clientes. A operadora ajuda também com dados e insights sobre comportamento de usuários, além da comunicação e da distribuição através de seus canais digitais.

Os dois primeiros parceiros da TIM nessa estratégia são o C6 Bank e a empresa de educação Kroton, neste caso, através de uma joint-venture materializada na startup Ampli. Os resultados até o momento são promissores. Entre janeiro e setembro de 2021, essas duas parcerias geraram R$ 57 milhões em faturamento para a TIM, e apresentam crescimento contínuo. No primeiro trimestre, a receita foi de R$ 11 milhões, passou para R$ 20 milhões no segundo trimestre, e chegou a R$ 26 milhões no terceiro. De janeiro a setembro de 2021, o volume de instalações de apps dos parceiros cresceu dez vezes. E nos últimos dois anos, 5 milhões de pessoas aceitaram ofertas dos dois parceiros através da TIM. A operadora detém agora 4,1% de participação acionária no C6 Bank. Somando também as áreas de publicidade móvel e monetização de dados, a plataforma de clientes soma R$ 83 milhões de faturamento nos primeiros nove meses deste ano.

“Tivemos bastante sucesso aproveitando nossa inteligência de dados e abordagem à nossa base de clientes, não só por texto, mas vídeos, imagens e insights de dados. Provamos ao mercado como telecom é um canal poderoso para novos serviços digitais”, completou Labriola.

Além dos segmentos já contemplados pelos parceiros – os serviços financeiros com o C6 Bank e a educação com o grupo Kroton – conteúdo, telemedicina e marketplace (inclusive com serviços e produtos financeiros), são outras verticais destacadas por Renato Ciuchini, vice-presidente de estratégia e transformação da TIM, além do setor de energia. “A gente tem esses segmentos e a gente está refinando o pipeline de oportunidades. Devemos apresentar no começo do ano que vem, junto com o plano industrial, esse cronograma e quais os setores e as indústrias que vamos perseguir”, explicou o executivo.

Ciuchini estima que entre janeiro e fevereiro a TIM apresente de três a cinco parcerias novas que complementam o roadmap da empresa para o próximo ano.

 

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