O banco Inter (Android, iOS) recebeu a aprovação da SEC para migrar suas ações da B3 para a Nasdaq na última quinta-feira, 25. O processo faz parte de uma reorganização societária da empresa que foi aprovada por 82% dos acionistas em assembleia geral extraordinária na mesma data.
Com o novo processo, o Inter busca ter um posicionamento global ao replicar o seu modelo de negócios para outros países. O primeiro alvo da fintech é os Estados Unidos, como adiantou o CEO do Inter Shop, Rodrigo Gouvea, em conversa com Mobile Time na primeira metade deste ano.
Com a saída da B3, os acionistas poderão migrar seus papéis ON, PN ou Units para BDR Nível I – que serão lastreados em ações de classe A – ou vender suas ações para o banco (cash-out, no jargão do mercado). O valor por PN Resgatável é de R$ 45,84, o correspondente a três vezes o valor por ação preferencial e/ou ordinária do Inter.
O desmonte das BDRs será subsidiado pelo Inter por 30 dias. De acordo com o banco, o acionista que escolher pelas BDRs poderá negociar suas ações de emissão do Inter na B3 livremente até a efetiva implementação da reorganização societária, quando os BDRs serão entregues.
Já o cash-out tem um limite máximo de R$ 2 bilhões. Caso o valor ultrapasse esse total, a reorganização societária não será concluída. Importante dizer, os acionistas que escolherem pela saída da sociedade não poderão negociar suas ações de emissão do Inter na B3, desde a escolha até a efetiva implementação da reorganização societária, quando receberão o valor correspondente ao cash-out.
Junto com a reorganização societária, o Inter inaugura uma opção de home broker internacional em seu app, um serviço que será gratuito.
Vale lembrar que o banco Inter começou a operar seu marketplace nos Estados Unidos no fim de março deste ano. E, em agosto, a instituição financeira comprou a USEND, de olho na expansão nos EUA com operações em marketing, câmbio e crédito.
