| Mobile Time Latinoamérica | A Claro Chile entrou com uma ação judicial contra a Movistar no 18º Juizado Civil de Santiago, acusando a Telefónica de práticas de concorrência desleal na implementação da tecnologia 5G no país.
Segundo comunicado da Claro, o processo se baseia em alegações de condutas sistemáticas voltadas a atrasar sua entrada no mercado de 5G no Chile.
A empresa afirma que, entre 2018 e 2024, foi criada uma estratégia para impedir o início das operações do serviço 5G na faixa de 3,5 GHz. De acordo com a ação, essas práticas incluíram a apresentação de diversos recursos legais com o objetivo de dificultar o ingresso da Claro no mercado.
Acusações da Claro Chile
A Claro cita como exemplo que, em 2023, a Movistar apresentou uma consulta ao Tribunal de Defesa da Livre Concorrência (TDLC) sobre limites de espectro e também entrou com medidas legais para atrasar um leilão público relacionado ao 5G. Essas medidas, segundo a Claro, foram rejeitadas pelas autoridades competentes.
Além disso, a empresa aponta episódios anteriores como parte dessa suposta concorrência desleal. Em 2018, a Telefónica teria feito uma consulta para evitar que a Claro utilizasse a faixa de 3,5 GHz para serviços móveis.
Em 2020, por meio de recursos administrativos, a Movistar teria tentado excluir a Claro de leilões relacionados ao 5G. Já em 2022, ações legais teriam sido usadas para limitar o uso do espectro pela Claro após sua parceria com a VTR.
No comunicado, a Claro afirma que o objetivo da ação judicial não é punitivo, mas preventivo, buscando assegurar uma competição justa no mercado. A Movistar, até o momento, não se manifestou sobre o caso.
Essa disputa marca um novo capítulo na corrida pelo protagonismo na implementação do 5G no Chile. Na segunda licitação, a Claro foi a operadora vencedora, adquirindo os cinco blocos de 10 MHz por um total de 83,5 bilhões de pesos chilenos. Além disso, as operadoras foram obrigadas a contar com um core standalone.