A Intel recebeu nesta terça-feira, 26, um financiamento direto do governo dos Estados Unidos de US$ 7,86 bilhões para apoiar a construção de unidades de fabricação e encapsulamento de semicondutores em quatro estados norte-americanos: Arizona, Novo México, Ohio e Oregon.
O aporte chega à empresa por meio do Ato de Chips e Ciência do presidente Joe Biden e é um acréscimo aos US$ 3 bilhões de um contrato prévio da companhia para o Secure Enclave, programa projetado para garantir a fabricação de processadores de ponta para o governo dos EUA.
O montante anunciado nesta terça, recebido via Chips Act, é menor do que o anunciado em março deste ano, quando a Intel informou que receberia US$ 8,5 bilhões do fundo. Isso ocorreu por exigência do Congresso norte-americano.
Além do montante do Chips Act, a Intel pretende pleitear crédito fiscal junto ao Departamento do Tesouro, em valores que podem chegar a 25% dos investimentos de US$ 100 bilhões que a Intel planeja fazer nos EUA.
Com a instalação das plantas, a Intel espera gerar:
- 10 mil empregos diretos na companhia;
- 20 mil empregos de construção civil;
- e 50 mil empregos indiretos com fornecedores e indústrias de apoio.
Atualmente, a Intel emprega 45 mil pessoas nos EUA.
Coincide com a aprovação dos fundos, antes do final de 2024, o fato de que o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Chips Act durante sua campanha ao longo deste ano. Em seu lugar, Trump defende o aumento de taxas, além de atacar a iniciativa bipartidária. Esse posicionamento foi feito com mais veemência durante uma entrevista do presidente eleito ao podcast de Joe Rogan.