Apesar da queda nas vendas nos mercados emergentes, o desempenho da Ericsson nos mercados desenvolvidos conseguiu fazer a empresa fechar 2015 com crescimento de dois dígitos nos lucros líquido e operacional. Segundo balanço financeiro da fornecedora sueca divulgado nesta quarta-feira, 27, a companhia lucrou somente no último trimestre mais do que a metade do acumulado do ano inteiro.
O lucro operacional fechou dezembro com 11,035 bilhões de coroas suecas (US$ 1,297 bilhão), 75% acima do registrado no mesmo período de 2014. Considerando os 12 meses, houve aumento de 30%, ou um total de 21,805 bilhões de coroas (US$ 2,564 bilhões).
A Ericsson registrou também aumento de 68% no lucro líquido do trimestre, totalizando 6,978 bilhões de coroas suecas (US$ 820,6 milhões). No acumulado do ano, o crescimento foi de 23%, total de 13,673 bilhões de coroas (US$ 1,607 bilhão).
As vendas líquidas no último trimestre de 2015 aumentaram 8% no comparativo anual, alcançando 73,568 bilhões de coroas suecas (US$ 8,651 bilhões). O mesmo percentual de crescimento foi registrado no acumulado do ano passado, que totalizou 246,920 bilhões de coroas suecas (US$ 29,036 bilhões). Quando ajustado para câmbio comparável, entretanto, as vendas no trimestre caíram 1%.
A Ericsson atribuiu a recuperação no segmento de redes por conta das vendas na América do Norte, implantação de 4G na China e forte demanda em mercados emergentes da Índia, Indonésia e México. Por outro lado, o desempenho na Rússia, Brasil e Oriente Médio "continuou a ser fraco, mais por conta de desenvolvimentos macroeconômicos" – foram 6,1 bilhões (US$ 717,3 milhões), queda de 7%; e 21,4 bilhões de coroas suecas (US$ 2,516 bilhões), recuo de 5%, no trimestre e no ano, respectivamente.
A companhia ressaltou ainda que nos últimos três meses do ano passado os investimentos em banda larga móvel no Brasil continuaram a cair. A menor demanda brasileira fez com que as vendas diminuíssem no acumulado do ano. "Investimentos de operadoras aumentaram em moeda local, mas não o suficiente para compensar a depreciação do dólar", relata.