pagamentos instantâneos

O WhatsApp Pay deve ter seu lançamento autorizado pelo Banco Central neste primeiro semestre e provavelmente será integrado ao Pix. Essa é a expectativa do CEO da Cielo, Paulo Caffarelli. O executivo conversou com a imprensa nesta quarta-feira, 27, durante coletiva sobre os resultados do quarto trimestre.

“Todos os requisitos solicitados pelo Banco Central às bandeiras foram atendidos. Estamos muito próximos de receber a autorização (para o WhatsApp Pay). Isso deve acontecer, pela nossa expectativa, no primeiro semestre deste ano”, disse. Questionado por Mobile Time se o WhatsApp Pay seria lançado já integrado com o Pix, o CEO da Cielo respondeu: “tudo caminha para que sim”.

A Cielo é a parceira do WhatsApp para operar como adquirente dos pagamentos feitos pelo app de mensageria no Brasil. Em junho do ano passado o serviço havia sido anunciado para operar com cartões de crédito e de débito, com cobrança de uma taxa no caso de pagamentos para comerciantes e profissionais liberais. O Banco Central acabou proibindo o lançamento e solicitando mais informações para conceder a autorização. Nesse meio tempo, o Pix foi lançado em novembro. 

A integração do WhatsApp Pay com o Pix significa que o primeiro poderá usar também o saldo em contas de pagamento ou contas bancárias para o envio de pagamentos instantâneos. A Cielo oferece conta digital para seus clientes e poderia utilizá-la para viabilizar a integração do WhatsApp com o Pix. Além disso, a Cielo é uma participante direta do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central. 

Vale lembrar que Banco do Brasil, Nubank e Sicredi são os emissores de cartão que haviam sido anunciados como parceiros do WhatsApp Pay no ano passado. Todos também estão conectados ao SPI e poderiam usar suas próprias contas correntes para pagamentos instantâneos no WhatsApp Pay.

Importante ressaltar que o nome comercial oficial do serviço é Facebook Pay, mas no Brasil vem sendo chamado popularmente de WhatsApp Pay.

Pix nas maquininhas

Sobre o uso das maquininhas de POS para recebimento de Pix, Caffarelli reconheceu que isso ainda está começando no Brasil e demanda tempo, mas é um movimento que deve ganhar força junto com a redução da informalidade da economia nacional. “No P2M ainda dependemos de um processo de aculturamento, que está no começo”, comentou. Enquanto isso, nesta primeira fase, o Pix vem servindo principalmente para transferências interbancárias, substituindo os antigos TEDs e DOCs. 

 

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