A América Latina está ficando para trás em relação ao resto do mundo no que diz respeito à definição do espectro que será usado para a quinta geração (5G) de telefonia móvel, alerta o presidente da Qualcomm para a região, Rafael Steinhauser.
“Faltam planos sólidos para prover ao 5G espectro na faixa sub-6 GHZ e em ondas milimétricas. Há apenas iniciativas tímidas no Brasil e no Chile”, disse o executivo, em conversa com jornalistas durante o MWC19, em Barcelona, nesta quarta-feira, 27.
O Chile anunciou que vai leiloar um total de 60 MHz na faixa de 3,5 GHz. E o Brasil pretende liberar 200 MHz nessa frequência. O problema é que o ideal seriam 100 MHz por operadora, estima a Qualcomm.
Em ondas milimétricas a situação é ainda pior: nem sequer está decidida qual seria a faixa, muito menos quando aconteceria o leilão. Os governos latino-americanos estariam esperando a realização da WRC19, conferência internacional sobre uso de espectro. A expectativa é de que o Brasil opte pela faixa de 26 GHz, apesar de outros grandes mercados como EUA, Coreia do Sul e Japão terem escolhido 28 GHz.
Enquanto isso, em alguns mercados desenvolvidos, já começou a implementação da rede 5G e os fabricantes de smartphones apresentam seus primeiros modelos durante o evento de Barcelona. Segundo Steinhauser, dos 30 smartphones 5G anunciados até agora, 29 usam chipset da Qualcomm.