n26

O mercado financeiro brasileiro ficará ainda mais competitivo. Não bastasse o sucesso de fintechs nacionais, como Nubank, Inter e Neon, agora o País começa a atrair fintechs internacionais. O banco digital europeu N26 acaba de anunciar que prepara a sua entrada no Brasil, o que deve acontecer entre o fim deste ano e meados do ano que vem. Para comandar a operação foi contratado o executivo Eduardo Prota, que já passou por empresas como Santander e Cielo, além de startups.

O N26 tem origem alemã. Opera desde 2015 e agora está em 24 mercados da Europa, somando 5 milhões de clientes. A empresa recebeu recentemente aporte de série D no valor de US$ 300 milhões, sendo avaliada em US$ 2,7 bilhões. Ao todo, já levantou US$ 500 milhões. Entre seus investidores estão a Tencent, a Insight Ventures e a Allianz X.

“O N26 foi criado porque seus fundadores perceberam que os bancos não atendiam os millennials como deveriam. Trata-se de um público acostumado a resolver as coisas pelo mobile, mas que sofria com uma experiência bancária de antigamente, onde tudo é difícil e pouco transparente”, relata Prota, em entrevista para Mobile Time. “A mensagem é que estamos construindo o banco que o mundo ama usar”, completa.

Ainda não foram definidos exatamente quais serviços o N26 trará para o seu lançamento no Brasil, mas na Europa ele permite a abertura gratuita de uma conta através do app e uma série de transações financeiras, como transferências interbancárias, pagamentos etc. Uma funcionalidade bastante apreciada pelos seus usuários, segundo Prota, é a possibilidade de abrir subcontas para gerenciar melhor os gastos com determinadas finalidades. Todo o gerenciamento da conta é digital, por meio do app.

O N26 vai avaliar possíveis parcerias com plataformas de “banco como serviço” para entrar mais rapidamente no Brasil, satisfazendo as exigências regulatórias do Banco Central.

Competição

A startup europeia não vê problema em chegar ao mercado brasileiro depois de já haverem tantas fintechs nacionais bem estabelecidas. “Na verdade achamos ótimo, porque o público já foi educado. Essas fintechs validaram o modelo de negócios. E não as vemos como concorrentes. Nossa competição é com os bancos tradicionais, não com os digitais. A competição entre os digitais ainda vai demorar um tempo”, analisa Prota. Quando chegar a hora dessa disputa entre as fintechs, vencerá quem oferecer a melhor usabilidade, a melhor experiência para o cliente, aposta o executivo. E, nesse ponto, ele confia no N26, que tem hoje uma base fiel de usuários na Europa, com um NPS alto, afirma.

Equipe

Prota se juntou ao N26 há apenas dez dias e está nesta semana na Alemanha, na sede da empresa. Ao retornar vai abrir o escritório brasileiro da companhia. Ele está começando a formar a sua equipe. Ainda não tem o número fechado de funcionários, mas está buscando gente das áreas de marketing, operações e jurídica, não necessariamente com experiência no setor bancário.

EUA

Foi anunciada também a entrada do N26 no mercado norte-americano.Essa é a prioridade agora. O Brasil virá logo em seguida. A empresa espera conquistar 100 milhões de usuários dentro de dez anos no mundo.

 

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