A NVIDIA mais que dobrou (+145%) o seu lucro líquido em 2024, alcançando US$ 73 bilhões, ante US$ 30 bilhões de um ano antes. Os gastos operacionais da empresa cresceram 45%, com US$ 16 bilhões, ante US$ 11 bilhões de 2023. O lucro operacional também mais que dobrou (+147%), de US$ 33 bilhões para R$ 81 bilhões.
Por sua vez, a receita de vendas dobrou (+114%) de US$ 61 bilhões para US$ 130 bilhões.
De acordo com o CEO e fundador da empresa, Jensen Huang, o motivo para o crescimento foi a alta demanda pelas unidades de processamento gráfico (GPU) para o treinamento de inteligência artificial, em especial as placas Blackwell para supercomputadores.
Datacenter e a quase totalidade da receita da NVIDIA
Corrobora com a fala de Huang o fato que a divisão de data center que mais consome as GPUs cresceu 145% e respondeu US$ 115 bilhões da receita, ante US$ 47 bilhões de 2023. Ou seja, a área de data center tem quase a totalidade (88%) do faturamento da companhia.
Já a unidade de negócios de equipamentos para gaming e AI PC, como as placas da RTX, teve um incremento de 9% nas vendas, de US$ 10 bilhões para US$ 11,5 bilhões, o equivalente a 2% da receita total. Em produtos e serviços de visualização (gráficos) profissionais, vide o NVIDIA Omniverse, o aumento da receita foi de 21%, de US$ 1,5 bilhão para US$ 2 bilhões, ou 1,5% da receita total.
E a divisão de robótica e automotivos, como DriveOS e o Jetson, a NVIDIA registrou um crescimento de 55% em 2024, de US$ 1 bilhão para US$ 1,7 bilhão, e o equivalente a 1,3% da receita total.
NVIDIA no Brasil
Em conversa recente, Marcio Aguiar, diretor da divisão de enterprise da NVIDIA na América Latina, afirmou que a companhia manterá seu crescimento acelerado em ritmo de três dígitos no segmento corporativo no Brasil em 2025: “A receita (do Brasil) foi acima do esperado. O público respondeu à altura consumindo tudo que a gente produz. Inclusive, um dos nossos desafios foi atender a demanda dos nossos clientes em hardware”, disse Aguiar a Mobile Time.
Para 2025, uma das apostas da empresa localmente é o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) que terá investimentos entre 2025 e 2028, além de automação em armazéns, finanças e varejo.
Imagem principal: Jensen Huang, CEO da NVIDIA, durante apresentação na CES 2025 (divulgação)