Os resultados da Oi divulgados na noite desta terça, 26, mostram um quadro de redução de receitas que é um alerta para o futuro da empresa no médio prazo. A Oi sabe que seu grande desafio é o crescimento de receitas rapidamente, para não alongar o processo de queima de reservas. Não será tarefa simples porque os resultados costumam demorar. Mas para isso a operadora conta com uma forte estratégia de ampliação da rede de fibra e com uma otimização da cobertura móvel.

A ampliação da rede de fibra, segundo apurou o Teletime News, segue com investimentos próprios em mercados mais centrais para a operadora, mas incluirá parcerias com outros players, como provedores regionais e possivelmente tower companies, para a expansão de redes de fibra em mercados secundários. O modelo de franquias ou de coinvestimentos é a chave que a operadora enxerga para expandir-se em FTTx.

No segmento móvel, a operadora precisará ampliar suas parcerias de compartilhamento, e nesse sentido a TIM, com quem já tem acordos de RAN-Sharing, é a principal candidata. Neste tipo de acordo, a Oi tem a oferecer uma rede de transporte mais ampla e capilar, mas precisa de espectro e cobertura 4G, onde a TIM estaria melhor posicionada.

Outro aspecto central da estratégia da Oi é tentar se diferenciar em serviços e atendimento, com a rápida ampliação de seus canais digitais de relacionamento. Hoje a empresa tem pelo menos seis iniciativas digitais com bons resultados (Minha Oi, Assistente Digital, Técnico Virtual e as plataformas de gerenciamento e troca de benefícios entre os diferentes produtos) e pretende expandir esse tipo de canal.

Do ponto de vista financeiro, a Oi deverá ter uma folga em 2019 em função de alguns fatores extraordinários. A contabilização de resultados de ações judiciais referentes à cobrança de PIS/Cofins e a arbitragem ganha referente à operação de Angola devem dar à empresa um caixa adicional importante este ano. A eventual aprovação do PLC 79 pode ser um fator a mais, mas a empresa não acha que os impactos viriam este ano, pois há ainda um longo processo de regulamentação. Já as economias com o novo Plano Geral de Metas de Universalização podem ter reflexos no caixa de 2019.

 

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