A Starlink fez um pedido de licença na Anatel para aumentar sua capacidade satelital no Brasil e adicionar mais 7,5 mil satélites operando no País, saindo dos atuais 4,4 mil para 12 mil. De acordo com Vinicius Caram, conselheiro substituto da agência reguladora, a operadora de internet via satélite de Elon Musk não tem mais capacidade para atender a região metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo.
“É um modelo de negócio atrativo, com mais de 150 mil acessos no Brasil e tem um pedido de mais de 7 mil satélites que estamos analisando, totalizando 12 mil. Estamos acompanhando a competição no mercado de baixa órbita. Já temos oito empresas aprovadas”, explicou Caram durante evento promovido pela Futurecom sobre o MWC (Mobile World Congress), nesta quinta-feira, 27.

Vinicius Caram, conselheiro substituto da Anatel. Crédito: reprodução de vídeo
O superintendente comentou que metade da pauta dele no evento em Barcelona foi sobre conectividade satelital. Disse também que em até dois anos deverá iniciar as operações da Kuiper. Vale lembrar que, em palestra no próprio MWC, a empresa estimou o início da comercialização dos serviços no país a partir de julho de 2026.
“Em dois anos chegarão algumas empresas para fazer a conectividade satelital e aumentar a competitividade. Em janeiro começa a operação em IoT e soluções diversas da Kuiper. Depois ela chega ampliando os seus serviços”, detalhou Caram.
Starlink sob investigação
A Anatel iniciou em novembro de 2024 uma diligência sobre a rápida expansão da Starlink. A ideia é avaliar o incremento das constelações de satélites não geoestacionários de baixa órbita (LEO) no uso dos recursos orbitais e de espectro. O pedido feito pelo conselheiro Alexandre Freire e pretende avaliar aspectos de concorrência e de sustentabilidade no setor de telecomunicações com foco na expansão da empresa de Elon Musk.
Foto: Vinicius Caram, conselheiro substituto da Anatel. Crédito: reprodução de vídeo