A Vivo acabou com ligações e SMS ilimitados na maioria do seus planos controle. Agora, o cliente da operadora que seguir nesses planos terá 100 SMSs e 300 minutos para ligações por mês (local ou longa com código 15) dentro do plano, e após esse limite pagará R$ 0,10 por mensagem e R$ 0,10 por minuto falado.

Em nota, a operadora informou que condições comerciais dos planos vigentes da Vivo estão disponíveis em regulamento no site da operadora: “Qualquer nova condição e fim dos prazos contratados é comunicada aos usuários conforme regras vigentes e pelos canais de contato oficiais da empresa”, completou.

Confira o trecho do contrato com as mudanças:

  1. O envio de SMS/MMS nacional tem custo de R$ 0,10 por mensagem enviada. Os planos combinados com dados possuem 100 SMS inclusos, válidos para todas as operadoras.
  2. Chamadas locais ou longa distância realizadas com CSP 15 para telefones móvel e fixo tem custo de R$ 0,10 por minuto. Os planos combinados com dados possuem 300 minutos inclusos, válidos para todas as operadoras.

De acordo com os contratos no site da operadora, os seguintes planos controle mudam para o novo formato com ligações e SMS limitados:

  • Vivo Controle e Cartão de Crédito I;
  • Vivo Controle II;
  • Vivo Controle Básico II;
  • Vivo Controle III;
  • Vivo Controle MGR I;
  • Vivo Controle Planos Legados.

Por outro lado, não mudam o contrato para os planos:

  • Vivo Controle MGR;
  • Vivo SPE Controle Cartão (clientes oriundos da Oi móvel);
  • Vivo SPE Controle Boleto (Oi móvel).

Um outro ponto que não aparece mais no site da Vivo é o app do WhatsApp entre aqueles que configuram zero rating, em outras palavras, não consome a franquia de dados do usuário. Apesar de não estar, o mensageiro ainda segue nos contratos e não tem mudanças neste modal, vide:

O cliente poderá acessar o WhatsApp de forma promocional, sem consumo da franquia para as funcionalidades elegíveis desde que o acesso seja realizado através do aplicativo WhatsApp para Android, Windows Phone e iPhone (iOS). Qualquer acesso por outros aplicativos ou redirecionamento de acesso do próprio aplicativo será consumido normalmente na franquia do cliente, ainda que decorrentes de acessos automáticos realizados por meio de configurações do aparelho do cliente.

Estratégia da Vivo

Vivo

Gráfico de acessos móveis por tipo de cobrança com queda do pré-pago e subida do pós-pago a partir de 2022 até 2024 (crédito: Anatel)

Essa estratégia da operadora reflete em uma mudança que ocorre desde 2022, quando os acessos pré-pago começaram a cair e o pós-pago a subir. Especificamente em julho de 2022, o pré-pago tinha 42 milhões de acessos e caiu para 35 milhões em dezembro de 2024, segundo a Anatel. Por sua vez, o pós-pago tinha 57 milhões de acessos em julho de 2022 e terminou o último ano com 66,5 milhões de acessos.

Importante dizer, a Vivo terminou 2024 com uma receita de R$ 36 bilhões no serviço móvel, sendo R$ 30 bilhões no pós-pago e R$ 6 bilhões do pré-pago. A companhia vem apostando nos últimos anos na migração dos usuários pré-pagos e controle para planos pós-pagos e para a oferta do Vivo Total (pós-pago mais Internet fixa). Apenas o Vivo Total terminou o último ano com 2,4 milhões de assinantes, o que equivale a um terço da base de acessos da banda larga fixa da operadora.

Ou seja, a companhia segue se esforçando para aumentar o tíquete médio, como ressalta esse trecho do relatório financeiro da operadora sobre o cálculo de faturamento no final de 2024:

Crescimento da receita: baseado na observação do comportamento histórico de cada linha de receita, bem como em tendências baseadas em análise de mercado. As projeções das receitas diferem muito entre as linhas de produtos e serviços com tendência de maior crescimento em serviços de banda larga, e com IPTV e voz estáveis rentabilizando os clientes de maior valor. As receitas móveis foram projetadas levando em consideração um novo mix de produtos com foco em migrações de pré-pago para pós e controle, convergência de preços e crescimento em M2M.

 

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