Durante a coletiva de lançamento do serviço de fibra residencial para São Paulo, os executivos da Oi apresentaram um plano de expansão gradual da rede GSPON para XGSPON. De acordo com José Cláudio Moreira Gonçalves, vice-presidente de operações e tecnologia da companhia, a solução viabilizará outras, como Smart Wi-Fi, Wi-Fi 6, além de melhoria em jogos e aplicações corporativos que precisam de alta velocidade e baixa latência.
Questionado quando essas soluções, em especial o Wi-Fi 6, vêm para a casa do consumidor, André Ituassu, diretor de engenharia da operadora, foi categórico: “falta maturidade”. O principal problema é a falta de devices aptos a usarem a tecnologia, destacou. “Além disso, o Wi-Fi 5 atende a questão de conectividade dentro da casa do cliente, conforme os serviços que temos ofertados na nossa rede”, disse.
Ituassu explica que, quando tiver a evolução “do serviço, de velocidade de conexão, do volume de dispositivos conectados e de novos serviços para o mercado B2B”, o Wi-Fi 6 será introduzido. E informou que a tecnologia faz parte do portfólio de produtos negociados com os parceiros da operadora.
Em relação especificamente ao XGSPON, Gonçalves também afirmou que a tecnologia e o mercado precisam de maturidade para avançar com o novo padrão, que permite conexões em até 10 Gbps. Afirmou ainda que, embora a rede da Oi em São Paulo esteja preparada para a tecnologia, a companhia não enxergou “necessidade do XGSPON, pois o GPON atende a demanda”.
Diferente
Em recente conversa com esta publicação, Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm na América Latina, disse, diferentemente de Gonçalves, que a adoção do Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E começará agora, com a expansão da oferta de dispositivos para essas novas tecnologias. O executivo da fornecedora espera um efeito dominó por parte das operadoras: “Uma operadora faz um investimento e as outras seguem”, afirmou.