Daki

Imagem: divulgação

Depois de apenas um ano de operação, o mercado digital Daki (Android, iOS) decidiu lançar produtos com marca própria. A empresa fez uma primeira experiência bem-sucedida com a venda de ovos de chocolate na Páscoa e agora começa a vender vinhos, pães frescos de padaria e sacos de gelo em cubos com a sua marca. Também estão no roadmap refeições congeladas, garrafas d’água, papel higiênico, itens de higiene bucal, cerveja, dentre outros. Os produtos estão sendo escolhidos com base na análise de dados de consumo dos próprios clientes da Daki e a partir da identificação de lacunas no sortimento de produtos no varejo tradicional. 

“Fomos os primeiros com entrega ultrarrápida e agora somos a primeira empresa de delivery a lançar produtos de marca própria no Brasil”, afirma o CEO da Daki, Rafael Vasto, em entrevista coletiva online nesta quarta-feira, 27. “Marca própria no Brasil não pegou ainda porque existe uma conotação forte de que seria de qualidade inferior. Queremos marca própria para produtos de alta qualidade”, ressalta.

DakiA meta é que, dentro de 12 meses, 15% da receita da Daki venha de produtos de marca própria – a média no Brasil em outros supermercados é de apenas 2,3%, bem abaixo da média mundial de 16,4%.

O movimento de adotar produtos com marca própria faz parte da uma estratégia de verticalização que a Daki adota desde o início da sua operação, apostando no controle de todo o processo.

“Acreditamos na verticalização desde o início por dois motivos. O primeiro é pela experiência do cliente. Nossa missão é reinventar o varejo, principalmente através do mobile, e não tem como ter sucesso se a experiência não for boa. Isso só é possível se você tiver o controle dessa experiência. Por isso não acreditamos em terceirização da experiência. Sei que é ambicioso. Só no centro de distribuição investimos R$ 3 milhões”, explica. “E o segundo motivo é a margem. O varejo historicamente tem vários intermediários e opera de forma ineficiente, manual e descasada. A partir do momento que verticalizamos, reduzimos os intermediários e controlamos mais etapas. Assim, a margem fica muito maior se comparada com a média do setor. E isso é verdade também com as marcas próprias”, completa.

DakiA private label manager da Daki, Gabriela Seirafe, acrescenta: “Mas vale lembrar que marca própria não deixa de ser um tipo de terceirização. A gente dá a chancela àqueles produtos.”

Operação

A Daki atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte através de quase 100 dark stores, que recebem os pedidos através do seu aplicativo móvel. As entregas são feitas em até 15 minutos. Recentemente a empresa inaugurou seu primeiro centro de distribuição, localizado em Barueri/SP, após um investimento de R$ 3 milhões.

 

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