A corte canadense negou recurso da CFO da Huawei, Meng Wanzhou, nesta quarta-feira, 27. O tribunal afirmou que o caso atendia ao padrão de “dupla criminalidade” e, portanto, a audiência de extradição poderá continuar. A diretora financeira da empresa tentava encerrar o processo de extradição aos Estados Unidos e voltar para a China, porém, vai continuar em prisão domiciliar em Vancouver enquanto o processo prossegue. Suas próximas audiências estão marcadas para junho.

Meng foi presa no Aeroporto Internacional de Vancouver em 1 de dezembro de 2018, a pedido das autoridades dos EUA, que acusaram ela e a Huawei de fraude. Essas acusações resultaram de uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre os laços da Huawei com várias afiliadas, incluindo a Skycom Tech Co Ltd, que supostamente vendeu equipamentos de telecomunicações para o Irã, violando as sanções dos EUA. A Huawei usa tecnologia americana em seus produtos e, de acordo com as leis de exportação dos EUA, as empresas são proibidas de transferir essa tecnologia para países sob sanção. A Huawei negou anteriormente que controlava as empresas e se defendeu sobre o caso.

A China acusou o Canadá de incentivar “uma perseguição política”. Nas semanas após a prisão de Meng Wanzho, a China prendeu dois canadenses – Michael Spavor e Michael Kovrig –, interrompeu bilhões de dólares em importações canadenses e colocou outros dois canadenses no corredor da morte, mergulhando as relações China-Canadá em um período sombrio.

Os EUA alegam que Meng mentiu para bancos, incluindo o HSBC Holdings, e os levou a processar mais de US$ 100 milhões em transações nos EUA em violação às sanções. A China chamou as alegações de motivação política e acusou o Canadá de “detenção arbitrária”.

 

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