Isaac Sdiney, presidente da Febraban, entidade que representa 115 bancos, defendeu a história e a importância dos bancos, ao mesmo tempo em que teceu críticas às fintechs, embora sem citar nomes, durante a abertura da feira Febraban Tech, nesta terça-feira, 27, em São Paulo.
“Temos zero vergonha de sermos bancos. Fornecemos segurança e confiança em sua plenitude a nossos clientes. Somos qualificados pela concorrência como se fôssemos tradicionais, geralmente acompanhado de um tom de demérito, ou acusatório. Isso acaba revelando algo que aqueles que nos criticam não têm: eles não têm história. Nós temos, e é uma bela história, que nos deu bases sólidas e presença física em todos os estados do País. Fazemos parte da vida de gerações de brasileiros e estamos no dia a dia de milhões de pessoas”, disse Sidney.
O presidente da Febraban lembrou da atuação dos bancos durante a pandemia, com a concessão de R$ 10 trilhões em crédito no Brasil. Destacou que os bancos que compõem a entidade somam mais de 180 milhões de clientes e 18 mil agências físicas. “Estamos presentes para quem precisa de amparo e somos virtuais para quem quer atendimento virtual. Não estamos apenas no 0800, links e apps dos players digitais”, comparou. “Temos mais foco e menos foto. Mais ações concretas, e menos falatória”, resumiu, em uma crítica às fintechs que investem mais em marketing e publicidade.
CEOs de bancos presentes no painel de abertura fizeram coro à mensagem da Febraban.”Atuo há 34 anos no setor financeiro. O papel dos bancos é melhorar a vida do País e fazer investimento”, disse a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano. “Me orgulho muito de fazer parte do setor financeiro”, concordou o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti.