Em um mundo cada vez mais conectado, transmitir grandes eventos é um desafio para as emissoras de televisão. A conectividade das redes públicas é compartilhada com o público presente e, com isso, pode haver ruídos, interferências, entre outros obstáculos. Para garantir a qualidade da transmissão ao vivo, Band e Globo apostam na combinação do network slicing com a criação de redes privativas.

Durante o MPN Fórum, evento promovido por Mobile Time em São Paulo, nesta quinta-feira, 27, as emissoras compartilharam suas estratégias para a entrega de imagem e som ao vivo às telas. Ambas estão realizando testes desde o ano passado em transmissões de eventos esportivos, como Stock Car e Fórmula 1 na Band, ou de entretenimento, como The Town e Rock in Rio, na Globo.

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Tiago Facchin (centro), gerente de tecnologia da Rede Globo Cristiano Moreira, gerente de produtos 5G da Embratel. Foto: Marcus Mesquita/Mobile TIme

“Vemos aplicações diferentes para cada um deles. Nem sempre teremos tempo para solicitar à Anatel autorização para ter uma rede privativa. Sem previsibilidade, o slicing entra, mas em eventos programados o intuito é usar os dois”, explica Ítalo Aureliano, engenheiro de projetos da emissora paulista. Para ele e Douglas Militão, coordenador de engenharia de transmissão da Band, a nova estratégia depende apenas da aprovação da diretoria.

Tiago Facchin, gerente de tecnologia da Rede Globo, disse no evento que o uso de redes privativas não é novidade na emissora, mas em transmissões de grandes eventos, a estratégia muda. “Temos condições de associar nossos chips com os das redes públicas. Ao considerar uma produção mais ampla, a gente consegue disponibilizar uma parte da cobertura da operadora. Precisamos variar para conseguir escoar o sinal”, afirma Facchin.

Foto principal: apresentação de Douglas Militão, coordenador de engenharia de transmissão da Band e Ítalo Aureliano, engenheiro de projetos da Band. Crédito: Marcos Mesquita/Mobile Time